witch lady

Free background from VintageMadeForYou

domingo, 8 de dezembro de 2013

Dias Úmidos




Os telhados ainda estão úmidos de chuva. Os troncos das árvores tem aquela cor marrom-profunda, entrecortada por ranhuras verde-musgo aveludadas. O céu estende suas pesadas nuvens cinza-chumbo sobre a paisagem, como a mostrar o que ainda está por vir. Pássaros apressados servem-se das frutas que estão no comedouro, antes da chuva chegar.

De vez em quando, um vento repentino espalha o cheiro de terra molhada pelo ar. Aspiro sua refrescância, deixando-me envolver por seus dedos de gaze. Sob o gramado verde-claro, a terra preta e encharcada distribui sua fertilidade a cada fio de grama, a cada arbusto, a cada flor.

Correm fios dágua prateados sobre a superfície de pedra da montanha. Passa uma borboleta distraidamente, cruzando a jardim com seu vôo vacilante. Da mata fechada, mais umidade e silêncio.

Gosto de estar do lado de fora nestes dias cinzentos e úmidos, pois sinto-me mais viva e bem-disposta. O calor torna-me lânguida demais, exausta ao menor movimento. Nasci para o frio. Nasci para respirar este cheiro de terra molhada e musgo. Nasci para a escuridão de dias cinzentos como este. Certamente, aprecio a beleza de um dia de sol e céu azul, mas tiro minha energia do vento, das nuvens e da chuva. Secas demoradas deixam minha mente poeirenta e infértil, e meus movimentos áridos e lerdos.

Adoro encher os meus pulmões de ar fresco, úmido, com cheiro de terra e tronco molhados. Gosto de passar a mão sobre o musgo que cresce nos muros, e pisar descalça na grama macia e molhada. Gosto de acordar durante a noite e ver a lua-cheia semi-escondida entre nuvens pesadas e caprichosas.

Gosto da escuridão do inverno e dos dias curtos. Aprecio estar envolvida em cachecóis e agasalhos macios, ao andar pelas ruas varridas pelo vento gélido do inverno. Gosto de expor-me ao sol dos meses de junho e julho, que apenas aquece, sem fazer suar e sem deixar a pele avermelhada.

Hoje estou assim, introspectiva.



Sempre a Mesma Montanha?...






















sábado, 7 de dezembro de 2013

Susan Boyle




Susan Boyle

Susan Margaret Boyle é uma cantora escocesa que se tornou célebre por sua participação no programa de calouros britânico, Britain's Got Talent, transmitido pela rede de televisão britânica ITV. Wikipédia



Nascimento: 1 de abril de 1961 (52 anos), Blackburn, Reino Unido


Susan Boyle era uma moça pobre que costumava cantar em corais locais. Apesar de sua aparência, tem uma voz maravilhosa que encantou juízes e platéia do programa Britains Got Talent, em 2009. Classificada em segundo lugar ao final do concurso, Susan precisou ser hospitalizada por alguns dias em uma clínica de repouso após o resultado.


Durante o parto ela sofreu falta de oxigenação cerebral, o que a deixou com problemas cognitivos. Na escola, as outras crianças zombavam dela apelidando-a  "Simple Susan." 

Ela chegou a trabalhar durante algum tempo como cozinheira, mas logo perdeu o emprego. Susan Boyle nunca teve um namorado. 

Em uma entrevista, Susan Boyle confessou que antes da fama,  muitas vezes precisou economizar durante semanas a fim de comprar roupas e sapatos em um bazar local. Hoje, ela ainda vive na mesma casa onde morava antes da fama, na companhia de sua mãe.

Discografia: "I Dreamed a Dream" - 2009
The Gift - 2010
Someone to Watch Over Me - 2011
Standing Ovation - 2012

(texto traduzido e adaptado da revista Speak Up)


Às vezes, tudo o que uma pessoa precisa para mudar sua vida - além de coragem e determinação - é ouvir um simples "Sim.", dito com sinceridade e boa vontade; Susan, felizmente, encontrou pessoas que disseram-lhe 'sim' três vezes, e ajudaram-na a mudar sua vida.


"Eu me sinto amada pela primeira vez na vida." - Susan Boyle




Salada Crônica - ou Uma Crônica Salada

Céu da última quinta feira


Tarde de quinta feira; cabelos cheios de tinta, aguardando o tempo para poder tomar banho. O céu começa a escurecer (a Latifa já estava inquieta, andando atrás de mim há algum tempo) e de repente, cai uma tempestade com direito a rajadas de vento e granizo. Raios e trovões fazem estremecer as paredes da casa. Cinco e trinta, e nada da chuva parar; de repente, ouço um 'crack' na área de serviço: a calha quebra, e começa a entornar rajadas de água sobre o piso, e rapidamente, a água começa a encaminhar-se para a porta da cozinha; vassoura em punho, começo uma luta furiosa para que a cozinha não inunde. Enquanto isso, ligo para meu aluno, e usando o viva-voz, cancelo a aula.

Mais um barulhão enorme, mas não tenho como ir verificar o que aconteceu, pois se eu parar de varrer, a cozinha inundará. Mais tarde, descubro que meu pobre manacá da serra, todo florido, tombou no jardim com raiz e tudo. 


Mais tarde, sem TV e sem internet. Acaba a luz, volta a luz, acaba a luz. Uma trégua na chuva, e consigo, com a vassoura, desviar a água da calha para o quintal. Meu tablet trava; não consigo sequer desligá-lo (problema resolvido há pouco). De repente, olho para o céu, à sudoeste, e vejo algo que pensei que jamais fosse ver na vida: as nuvens negras e pesadas começam a girar, formando um funil. No meio, raios e relâmpagos. Digo em voz alta: "My God! Mas aquilo parece um... é um ... tufão!" E eu nem tinha nada para fotografar aquilo (mais uma para o rol das melhores fotos que eu jamais tirei). Ele vai se movendo em direção à montanha, e em pouco tempo, se desfaz. Ainda bem!


Saldo:

-Um manacá da serra perdido;
-Várias calhas que, pesadas por causa do granizo, cederam;
-Adega inundada;
-Jardim cheio de folhas secas & molhadas.
-Uma cachorrinha apavorada, que esqueceu que é uma Rottweiler e teve que ficar dentro de casa.
-Rio perto de casa transbordou, e a rua ficou cheia daquelas pedrinhas redondas (meu jardim é cheio delas, que eu trouxe da última tempestade).

Mas tá bom. Soube de pessoas cujas casas perderam o telhado, e estragaram-se mobília, alimentos, eletrodomésticos.



quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

ONTEM - MARAVILHOSO ANOITECER














Cavalo deTroia




Não há como apagar
O que está guardado
Em todas as nuvens,
Em todas as mídias
Dispositivos móveis e imóveis,
E foi impresso em papéis,
Circula no sangue,
Ecoa nos ouvidos...

É perda de tempo
Querer negar o que se deu,
Espalhar vírus perigosos e mortais,
Querer fingir que já passou,
Ou que jamais aconteceu!

Também descansam na mente
As provas daquela história,
E mesmo que o vento as leve,
Sempre ficarão os traços,
Resíduos armazenados
No HD da memória!

De nada adianta
Tentar apagar,
Invadir os espaços
Brandindo espadas,
Montado em cavalos de Tróia!

Pois esta,
É a nossa história.


Parceiros

EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...