witch lady

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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Madrugada




Madrugada


A noite foi escura,
Longa e fria,
E os fantasmas arrastavam
As saias brancas e úmidas
Pelas gotas de neblina...
Branca, branca paisagem,
Translúcida de incerteza
Da bruma que a tudo cobria!...

Os sonhos que eu sonhara
Acordaram melancólicos,
Com saudades de outro mundo...
Ainda, nos meus ouvidos,
Alguns ecos que sumiam,
E nas linhas de minha mão
As marcas de um destino
Que eu nunca saberei
Se foi totalmente cumprido...

Comprida noite,
Onde o sonho vacilou
Entre a insônia e a magia!
Em uma árvore, pousada,
Uma coruja aguardava
O começo de outro dia,
E o nascer de uma outra noite
Quando, outra vez, cantaria!


A madrugada arrastava-se,
Tão fria, tão fria!...




*


A Cabala da Inveja - trechos



Fofoca - a Rede Informal de Ódio

A 'fofoca', ou a transmissão mal-intencionada de informações, é uma das redes mais importantes de preservação e transporte de rancor. Sua disseminação é tão corriqueira e rotineira que novamente faz-se necessário desmontar sua estrutura e visualizá-la à luz dos diferentes mundos.
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O caluniador está na categoria de nada. Sua mentira é a saída e o recurso que reabilitarão aquele que é caluniado. Isto, porque à medida que for desmascarada a sua mentira, a reputação do caluniado é restaurada imediatamente.


Tomando Como Pessoal

A boca (de alguém magoado) só atinge a gravidade do ouvido quando se cala. Nestas ocasiões, sim, a boca assume em poder de destrutividade em uma posição semelhante à do ouvido. Veremos que uma boca que se cala e guarda para si rancor, é, para efeitos da inveja e do ódio, como um ouvido.

Para a tradição judaica, aquele que fala é como um arqueiro. Joga suas flechas e uma vez que estas já estejam no ar, não pode mais arrepender-se. Criou, dá-se conta posteriormente, emissários ou extensões de si mesmo com procurações poderosíssimas de agir em seu nome. Todas as atitudes e consequências geradas por estes agentes serão de nossa responsabilidade. Quem percebe isto conhece a arte de falar pouco.

No entanto, aquele que 'toma como pessoal' anda pela floresta, e onde quer que veja uma flecha cravada numa árvore, desenha ao seu redor um alvo. Sua percepção de realidade o faz acreditar que aquela agressão era obviamente intencional e premeditada. Seu alvo com uma flecha cravada bem na mosca é a prova derradeira de sua ilusão.



Bancando Sua Ingenuidade

Que a ingenuidade é perigosa à sobrevivência, é óbvio-como qualquer ousadia é. Ser ingênuo neste mundo é ousado, e quem escolhe esta forma de resistência, de luta pela melhoria de seu e de nosso mundo é extremamente corajoso. Para tal missão, terá de enfrentar a malícia, que busca a toda prova desafiar a ingenuidade e, em última análise, deverá suportar ser tolo aos olhos dos humanos, para não ser malévolo os olhos de D'us.
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enfartados de de alma, fazemos pouco do ingênuo, cujas conquistas de vida parecem-nos irrisórias. No entanto, são os ingênuos que nos assistem, enquanto, fossilizados numa cama de hospital, recapitulamos um passado de "perspicácia e sagacidade." São eles os justos que preservam o mundo.

Homenageie seus atos de verdadeira ingenuidade. Saiba distingui-los da tolice e valorize o ato de ser você mesmo, antes de abarcar o pacote da "experiência humana". Saiba arriscar e perder em nome da ingenuidade. A falta de ingenuidade é um dos grandes fatores de risco que propiciam o ódio e a rixa.




Do Livro A cabala da Inveja, por Nilton Bonder

domingo, 30 de dezembro de 2012

Estranha Asa




Estranha asa de borboleta,
Desprendeu-se do corpo,
Caiu no vazio
De um longo sono...

Estranha asa, leve e nacarada,
Sob pálpebras fechadas
Sem destino, sem sonho...

Estranha asa, que não voa
Por aqui,
Voa além, algures,
Nos céus que não vi,

Estranha asa
Esqueceu-se do pouso,
E paira, dormente,
Num imenso léu
Insosso...

Estranha asa, 
Caída num canto,
A espera de um vento
Que a erga de novo

E que a leve,
Num infinito despertar
Por dentro
De um infinito sono...

*

Invenção




Invento cores,
Cheiros, sabores
Invento caminhos
Cheios de flores,
Invento os sons
Da trilha sonora
Que cantam-me a vida,
Invento as horas.

Demoras, atrasos,
Flutuam nos rasos lagos.
Esperas, anseios
Tentando encontrar os meios.

Mas a mente pensa,
A mente divaga,
A mente desliga
A mente se lava!...

Assim, eu invento
As cores e tons,
Os temas e sons
Que espalho no ar.
Assim, eu aguardo
Acontecimentos
Que ficam suspensos
Acima, no ar.


Kafka







Alguns pensamentos de Franz Kafka, na coletânea elaborada por Allan Percy em "Kafka para Sobrecarregados."


"Comece pelo que é correto, não pelo que é aceitável."


"O Mal é aquilo que nos distrai."


"Tem muito medo de morrer porque ainda não viveu."


"O verdadeiro inimigo lhe transmite uma coragem sem limites!"


"A desgraça  de Dom Quixote não era suas fantasias, mas o ceticismo de Sancho Pança."




Não Confundir...






É importante
Essencial
Não confundir:

Amor / dependência
Serenidade / apatia
Esperança / ilusão
Fé / crença
Imparcialidade / indiferença.

Melhor não dissimular
Justiça / conveniência
Informação / especulação
Boa vontade / interesse
Paciência / inação.

Cada um bem sabe
O que vai, o que pensa
Em seu coração.

*

sábado, 29 de dezembro de 2012

Sol Desse Tempo







O sol
Brilha mais forte,
Às vezes, forte demais,
Obriga-nos a sombra,
A água,
O vento...

O que quer o sol?
Talvez, brandura,
Nas palavras,
Ações
E pensamentos...


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EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...