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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Manuel Bandeira - Desencanto





Poema de Manuel Bandeira


Desencanto




Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias - amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nesses versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

-Eu faço versos como quem morre.


Um comentário:

  1. Olá!
    Ana
    Manuel Bandeira
    Saudades...
    O desencanto perante a vida, tuberculoso, versava que morreria cedo. Ao contrário ...morreu velho.
    Obrigado pelo carinho d sempre
    Boa tarde
    Beijos

    ResponderExcluir

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