Contrição - Bocage
Meu ser evaporei na lida insana
do tropel de paixões, que me arrastava;
Ah, cego eu cria, Ah, mísero eu sonhava
em mim quase imortal a essência humana;
De que inúmeros sóis a mente ufana
existência falaz me não dourava!
mais eis sucumbe Natureza escrava
ao mal, que a vida em sua origem dana.
Prazeres, sócios meus, e meus tiranos!
Esta alma, que sedenta em si não coube,
no abismo vós sumiu dos desenganos;
Deus, oh, Deus!... Quando a morte à luz me roube
ganhe um momento o que perderam anos,
saiba morrer o que viver não soube.
Belíssimo! Mas com a morte o sofrimento é mais vivo e mais intenso! Beijos!
ResponderExcluirValeu a leitura, Ana. Bjs.
ResponderExcluirO lado quente de Bocage.
ResponderExcluirOtima escolha na partilha.
Abraços Ana.
Amei seu blog...lindo!
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