Os meus glóbulos vermelhos
Sorvidos por tua garganta
Que não se cansa
Desse horrível gargarejo...
Tu és sangue do meu sangue,
Mas me sugas,
Até deixar-me exangue!
Regorgitas minhas plaquetas
Nessa refeição infame
Para a qual não há gorjetas,
Só vexames!
Tu és sangue do meu sangue,
E teu sangue não te basta,
Queres o meu,
Para encher as tuas taças!
A vingança perpetrada
Porque não te dei razão
A garganta perfurada
Pelos teus caninos grandes!
Tu és sangue do meu sangue,
Mesmo assim, não te garantes,
Pois desejas
Meus leucócitos e hemácias!
Tuas taças estão cheias,
Gargareje, regorgite,
E me sirva aos teus amigos!
***
Lindoooooo!!!
ResponderExcluirAmei Ana =)
Bom final de semana.
Beijos.
.
ResponderExcluirAninha, não se esqueça. Somen-
te amanhã, 23 eu escreverei no
Blog do Bar do Escritor, portan-
to, estarei lá, somente amanhã.
Um beijo o obrigado pelo cari-
nho.
http://bardoescritor.blogspot.com
silvioafonso
.
Que força, tem o seu texto!
ResponderExcluirBelo e terrível, ao mesmo tempo.
Olá!Boa tarde!
ResponderExcluiramor em essência......escritos que me deixaram sem palavras ...os versos e as palavras me deixaram sem palavras ... a escuridão em palavras ... das mais profundas trevas ...um toque diferenciado e de ousadia...gostei!
Obrigado pelo carinho da visita!
Bom final de semana!
Beijos
Nossa! Quanta força e quanta entrega existe em seus versos. Ficou lindo!
ResponderExcluirBjs.
Nossa
ResponderExcluirBonito demais
Intenso demais...
Bela construção
Lindo poema!
Nossa
ResponderExcluirBonito demais
Intenso demais...
Bela construção
Lindo poema!
Livrar-se dos vampiros
ResponderExcluire demônios
é preciso muita oração
e poesia
eles detestam o verbo
amar
apesar de que são belos
declamadores
oferecem beijos de cerejas
e licores
ardores profundos
mas o que querem
é a artéria encarnada
a vantagem é que não gostam
de crucifixo
nem versos de amor
gostam do luar
mas tremem diante
dos eclipses
e elipses dos poetas
destemidos
queimam diante do sol
não conhecem
a rota dos pássaros
nem do girassol
aprendi com um velho poeta
a nunca aceitar
um beijo de um vampiro
mas matá-los com meus
poemas de amor.
Luiz Alfredo - poeta
Poema comentário feito para o poema:
Oração dos Afogados Vivos da poeta: Ira Buscacio.
Um texto poético, mas que é uma verdadeira aula de biologia. Parabéns! bom fim de semana.
ResponderExcluirDemais esse poema!
ResponderExcluirAbraços,
Caju.
isso é forte! Entre hemáceas também há desentendimentos! beijos
ResponderExcluirVocê achou esse na Transilvânia? Ou é algum Hematologista daqui mesmo? Desculpe a brincadeira, mas o texto está dramático e lindo!.
ResponderExcluirEste poema fez pulsar
ResponderExcluirminha jugular
mexeu com minhas vísceras
olha que sou poeta
quando digo que sou poeta
que me alimento de poesia
assim como um vampiro se alimenta
do luar e sangue
preciso ler poesia todo dia
toda santa noite
este fez borbulhar meu sangue
poema sanguíneo sanguinário
que nos deixa pálido
sem sangue.
Luiz Alfredo - poeta