Encima o fino galho semimorto,
Sob rajadas de ventos tempestuosos,
Sem jamais perder o perfume.
Flor Guerreira, a brotar, serena
Na beira de uma estrada
Por onde passam retirantes
E ela, despercebida...
Absorve a chuva que lhe manda o céu,
Nutre-se daquilo que lhe traz a vida,
Flor Guerreira, cujas cores
Não desbotarão jamais...
E quando um dia estiver murcha,
Ressequida, sob o arbusto,
Alguém a prensará entre as páginas
De um livro; serás eterna,
Flor Guerreira, em minha vida,
Que descansará na tua.
Engano ledo de alguém ou você mesma, não sei, possa vir a pensar que venho a sua página só para comentar, eu venho é para aprender, beber dessa água pura e me maravilhar com essa flor guerreira (nada mais apropriado), sentir cada verso, a pegada forte, sentimental (nunca sentimentalista), moderna, por vezes antiga (nunca saudosista)... mas isso são conclusões minhas, desculpa-me se ousei interpretar, já leio você desde antanho, lá pelos Recantos, uma vez ou outra comentando e passando longos períodos longe, mas sempre lhe visitando quando sentia necessidade de retornar aos meus escritos. Que desfecho, Poeta! Minha irmã mais velha, falecida, infelizmente, tinha vários livros em que havia dentro deles flores ressequidas, e agora eu fiquei na dúvida se eram para marcar páginas ou se ficava nos livros como uma forma de eternizá-las, como você mencionou. Show! Bom dia, boa semana!!!
ResponderExcluirA flor guerreira também deixa
ResponderExcluirsuas sementes plantadas
sua alma se espalha pelo vento
também sobrevive nas páginas
dos livros
e nestes doces poemas
impregna suas cores
nos nossos olhos
nos nosso sentimentos
Luiz Alfredo - poeta