Nem sequer te lembras
Das tantas ondas
Que nos encobriram...
Ah, o sal de tantas lágrimas
Secou, caído nas pedras
Da tua insensatez
E o vento o levou...
Uma faixa cor-de-rosa
Sobre tudo,
Sobre os motivos escusos
Sobre o desespero velado
Que esconde
Teu medo da solidão,
Tão grande e tão absurdo,
Que faz com que te tornes,
Cada vez mais,
Só!
O tempo chega, e vai entrando,
Não faz reverências,
Não manda recados
Nem pede permissão...
É este o teu medo,
E por ele, tu matas
E nada te resgata
Da solidão!
Coleiras vazias
Presas nas correntes
Em tuas mãos...
Eram cães revoltados
Que não aguentaram
A tua proteção,
A tua pretensão!
E ao luar, tu uivas
Pelos que jamais voltarão!
Teu desespero é tanto,
E tão grande o teu medo,
Que sais por aí, às cegas,
Tropeçando nos jarros
Que guardam a água
Que beberias no futuro,
Entornas tuas esperanças
Espatifando-as contra o muro!
E em breve, teu maior medo,
Tua escuridão,
Em teu frio e isolado rochedo...
Não há voltas, quando alguém mergulha
De livre vontade
No Mar do Esquecimento!
é verdade, o isolamento acaba sendo fatal para a mente , consequentemente o corpo começa sofrer muitas doenças....estou passando uma fase assim , preciso sair disso urgente. tenha uma noite tranquila Ana. bjj
ResponderExcluirUm lindo e profundo poema, parabéns.Beijos.
ResponderExcluir"Que sais por aí, às cegas,
ResponderExcluirTropeçando nos jarros
Que guardam a água
Que beberias no futuro....", esse é o problema, esquecidos serão todos. o tempo se encarrega de tanto...Celso
Poema obscuro
ResponderExcluirescuro
que fala de um tempo
esquecido
parece lembrar da Atlântida
ou da submersa Lemúria
falta de refletir
diante das ondas revoltas
ou do existir.
Luiz Alfredo - poeta
Todo teu poema é magnífico, porém, a terceira estrofe merece uma moldura apenas para ela. Parabéns! um abraço, bom fim de semana.
ResponderExcluirLirismo puro e com definição. Difícil combinar as duas coisas e você foi perfeita!
ResponderExcluirTeu poema cria e contrasta as imagens com uma força singular.
ResponderExcluirDuvido de esquecimentos: o vento reacende brasas aparentemente extintas...
ResponderExcluirDe tanto querer esquecer é que as vezes nos esquecemos em mares que se quebram em rochedos
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