Adoro uma coisa nova. Aquele cheirinho que tem nas roupas novas, que vem daquelas lojas perfumadas com aromatizantes... cheiro de sapato novo de couro, de parede recém-pintada, rosa recém-aberta, madeira nova... adoro o cheiro que vem das caixas dos aparelhos eletrodomésticos novinhos em folha, e cheiro de carro novo.
Mas existe uma magia típica das coisas velhinhas, que já sentem a passagem do tempo... elas tem uma história para contar; testemunharam muitos acontecimentos. Sobreviveram a muitas pessoas que já se foram há tempos.
Aquele reboco que cai da parede envelhecida, um vasinho de planta lascado, a calçada com musgo nos cantinhos, uma joia de família. Não gosto de adquirir objetos usados sem saber a quem eles pertenceram, mas adoro quando alguma coisa de família vai passando de geração em geração; uma peça de mobília, por exemplo, ou aquela colchinha de retalhos que foi da tia-avó de alguém. Um paninho de crochê, uma poltrona velha e um pouco gasta, um quadro, um livro...
As coisas velhas trazem em si a energia das pessoas a quem elas pertenceram, por isso, devemos ser cuidadosos ao adquiri-las. Dizem que ao comprar coisas em antiquários ou sebos ( o que não tenho por hábito), é aconselhável lavá-las com água e sal - se não for possível lavar, pelo menos passar um pano umedecido nesta mistura - e depois, deixá-las ao sol durante algum tempo, a fim de 'desmagnetizá-las.' Por isso, apesar de adorar as coisas velhinhas, prefiro só adquiri-las se conhecer a procedência.
Não sou do tipo de pessoa que tende a acumular objetos; mas existem alguns que gosto de guardar, como por exemplo, meus discos de vinil.
A passagem do tempo sobre as coisas deixa marcas indeléveis. Tenho uma mesa na adega cujos pés tem as marcas dos dentes do Aleph (meu falecido cão) quando ele ainda era um filhote. Algo que ele fez estará sempre ali. Jamais vou me desfazer daquela mesa.
Apesar da era digital, as fotos que revemos ao reunir a família, são as velhas fotografias de papel, algumas ainda em preto-e-branco.
Gosto de casas antigas com pregos nas paredes e quartos escuros, também guardo os meus discos de vin il, beijo de zelia
ResponderExcluirAna..fiquei muito feliz em recebe-la em meu blog.
ResponderExcluirVoce foi muito simpatica...não sei porque mas senti uma empatia pela tua pessoa.
Eu ia deixar pra te visitar amanhã..hj vou dormir cedo, por conta de que preciso deixar minha perna descansar. ( trato de uma trombose ).
Mas isso não vem ao caso.
O fato é que senti vontade de conhecer o teu espaço.
E ja me aportei por aqui..sou sua 72 seguidora!!
Gostei muito da sua cronica...
Tem coisas antigas que trazem com elas toda uma historia, uma recordação de vida.
Eu tenho aqui uma cristaleira e um relogio..super antigos, que nem combinam com a decoração de casa.
Mas existe toda um historia por traz... historia de familia, de pessoas que fizeram parte da minha infancia e deixaram saudades.
Um beijo..depois volto com mais calma para ler tuas outras postagens!
Um beijo..
Gosto de sapato velho porque é confortável, e de livro porque é sempre uma surpresa que me espera dentro daquelas páginas. Agatha Christie, já mais madura casou d novo desta vez com um arqueólogo e se sentia segura porque ele gostava de coisas velhas. rss.. Abrçs. Hluna
ResponderExcluirVerdade energia é importante esta em tudo até nas paredes, uma pintura de vez enquando é bom....
ResponderExcluirBeijo Lisette.
Creio que nossa energia fica, realmente, nas coisas que possuímos.
ResponderExcluirE até ela precisa, quando em vez, ser renovada (rss). Não gosto de guardar peças estragadas, mas conservo aquelas que têm estória, principalmente familiar.
Bjs.
é a mistura da vida os cheiros da renovação e do envelhecido ... cada um tem seu encanto ....... agora os albuns de fotos as louças , esses detalhes tantos, e gostoso demais........ show !!! olguinha
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