Pega o poema que te chama
E deita-o na folha, antes que fuja...
Daqui a pouco, será tarde,
E esta chama que agora arde
Querendo ser fogueira,
Será fumaça...
Um poema passa,
Mas não há de ficar para sempre
Exigindo ser escrito...
Um poema é uma chance,
E mesmo que seja grito,
Uma hora, ele se cala!
Pega, então, e sem demora,
Este pensamento arredio,
Este verso fugidio,
Efêmero e leve, que surge!
Pois o tempo urge,
E apaga o sentimento
Que é deixado lá fora...
Não aborte esta canção
Que alguém sopra em teus ouvidos!
Pois fostes escolhido
Para dar-lhe à luz!
Senta-te, e com reverência,
Escreve mais este poema,
E solenemente, agradeça!
UM POEMA É....UM POEMA. "NÃO ABORTE ESSA CANÇÃO....". ABR. CELSO
ResponderExcluirMuitíssimo belo, prezada Ana!Parabéns!
ResponderExcluirParabéns Ana Bailune por essas narrativas tão acalantadoraa para a nossa alma! Abraços
ResponderExcluirlindo, ana.
ResponderExcluirAssim se deve comportar o poeta, agarrando, de imediato, o chamado e o traduzindo em palavras. Esse sopro não pode ser desprezado. Muito lindo! Bjs.
ResponderExcluirum poema não tem hora
ResponderExcluirnos pega de improviso
fica martelando, martelando e dá nessas belezas que a gente lê!Portanto, fugir é até pecado!
Mas se deixar passar
ResponderExcluiralguém o pega lá na frente
sempre existirá poeta
pescando borboletas
cantos de bem-te-vi
e poemas que deixamos
escapar
mas um estimulo desse
é pra sentar
e escrever um poema
pois um poema
sempre vale a pena.
Luiz Alfredo - poeta
Simplesmente perfeito.
ResponderExcluirQue não haja mais fugas, especialmente em massa...