Confabulamos, falamos...
Supomos e até dizemos que adivinhamos
Mas não sabemos, ao certo,
O que significa existir.
Pensamos conhecer
E até nos atrevemos
A descrever a vida
E a clamar verdades
Desconhecidas!
Alguns acham-se médiuns,
Tentando adivinhar
O caráter alheio,
Mas não possuem olhos
Para o que há em si de feio.
Deus, dá-me, todos os dias,
A minha parcela
( a que é minha)
De dores e de alegrias!
Ajuda-me a suportar
O que eu não posso mudar,
E a tolerar aqueles
Que acham-se poderosos
E pensam adivinhar-me...
Que a minha soberba
Jamais seja disfarçada
Sob a alcunha de humildade!
Que a minha inveja
Jamais seja chamada
De altruísmo e de verdade,
E que o que há de pior em mim
Possa sempre ser tratado
Ou ao menos, melhorado,
Mas jamais disfarçado!
Que eu não crie mentiras
Sobre as verdades alheias,
E nem me ache melhor
Que as outras criaturas,
Pois deste modo,para mim,
As minhas estruturas
Serão suficientemente fortes
Para sustentar a mim mesma
Seja na vida
Ou na morte.
Seu pedido é sublime. Nem sempre conseguimos nos calar e nos abstermos de julgar. Mas podemos, em constante exercício, buscar a verdade, mantendo o equilíbrio e o respeito. Bjs.
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