Tenho medo dos santos
E seus olhares mansos,
Palavras demasiadamente doces,
Ocultos quebrantos!
Debaixo das auréolas,
As rodas giram, giram...
Tenho medo dos santos
E seus dedos longos,
Rijos, pontiagudos,
Suas bocas que arredondam-se
Em "Ohs" mudos...
Tenho receio
De seus estigmas,
Suas orações sussurradas,
Seus dogmas e enigmas.
A quem rezam?
Tenho medo dos santos
E de suas maledicências
Disfarçadas em bênçãos!
Tanta perfeição, tanta bondade,
Tanta abnegação e civilidade!...
Sua mania
De sempre oferecerem
A outra face!
Sua mania
De sempre oferecerem
A outra face!
Santos
São psicopatas.
Tô na fila Ana, já sou tida como psicopata, e agradeço de nunca ter sido chamada de santa. Basta pisar no calo, que nem pavio tenho. hehehe. Na mosca porque os que são normais, sentem raiva, xingam dos palavrões mais explosivos, têm seus rompantes, erram pra caramba, e quem disser que não, que é sempre justo, que: mas não fiz nada, o que houve? fala sério, quando fazemos bem sabemos o que fizemos, e o negócio é: eu fiz e daí. Errei? Tá desculpa, mas na hora fiz o que achei certo. Muito bom Ana. Abraços pra ti.
ResponderExcluirHuahauaha, só pra nao perder o costume: Pé d epato mangalo treis veiz.... Santifiquemos nos... abraços
ResponderExcluireu tbm tenho ! e muito.... !olguinha
ResponderExcluirSe eu não me engano é num dos capítulos do Decamerom que um ladrão e malfeitor chega quase moribundo numa cidade e padre vai dizer lá as últimas palavras e ele mente para ele que foi um homem de muita fé e com boas atitude. E de tanto ele falar que ele acaba santificado. Fica difícil saber que são os Santos realmente. E as esculturas já me amedrontaram muito! Perfeito, Ana. Beijos e meu carinho, Aninha
ResponderExcluirCARAMBAAAAAAAAAAA, não resisti em ler esse ainda, que poema maravilhoso, putz, deu aquela sensação (invejosa?!) de queria eu ter escrito isso........
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