Dorme, doce criança,
Pois enquanto tu descansas
O bicho não vem pegar.
A tal forma na cadeira
Não é só uma toalha,
É um fantasma a te espreitar...
Dorme, doce menino,
Deixa que a luz da lua
Brilhe sobre esta penumbra!
As corujas, quando cantam
Prenunciam desencanto,
E a forma que vislumbras
Passando diante da lua
Não são pássaros voando...
Dorme, pobre menino,
As batidas na janela
Não são galhos que se movem
Balançados pelo vento...
Vou velar pelo teu sono,
Mas não posso proteger-te,
Meu menino, infelizmente...
Dorme, doce menino,
Pois o dia que amanhece
Selará o teu destino...
A claridade é um dolo
Que te afasta do meu colo,
E aumenta o desconsolo...
Olá Ana!!! Os cânticos do passado, demonstram o alicerce sobre o qual os adultos ergueram à geração que os substituiu... Imagine, colocar crianças pra dormir como forma de superar o medo nelas. No primeiro momento não teria problemas... MAS, a geração da qual fazemos parte, foi criada na base do toma lá dá cá... Imagine que, hoje não se pensa numa relação autêntica com DEUS, mas em trocar o que posso dar a ELE, por bênçãos como carro novo, casa nova, emprego, conjuge, etc... SEI que haverá quem discorde de mim, mas, temos uma sociedade alicerçada na base de interesses materiais... Quem for bonzinho... Agora quem não for...
ResponderExcluirSenti uma dor e os medos noturnos que por tantas vezes me assolavam. Tivéssemos nós a capacidade de velar pelo sono dos nossos amados, ou nunca termos que vê-los partir. É preciso amanhecer sempre. Meu carinho Ana.
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