Todos nós temos convicções a respeito das coisas que nos cercam, embora não possamos, muitas vezes, afirmar que temos certeza a respeito destas convicções. E não há nada de errado em se ter convicções! A única coisa que pode ser ruim, é quando queremos impor aos outros as nossas convicções. Mas isto também é uma convicção!
Quando eu - digo eu, pois o que serve para mim pode não servir para você - tenho uma convicção, e se faz necessário que eu a expresse, tento fazê-lo de modo a não ir contra as outras pessoas de forma agressiva; a não ser que elas tenham sido agressivas comigo primeiro. Mas se não for estritamente necessário expressar uma idéia, eu prefiro guardá-la para mim, a fim de evitar uma discussão que, no fim, será infrutífera.
Mas um blog é um espaço livre, e assim, temos o direito de expressar nele as nossas idéias e convicções. Podemos também concordar e discordar das idéias e convicções expressadas em outros espaços, desde que o façamos com educação, e reservando sempre à outra pessoa o direito de pensar e expressar-se como desejar - desde que não exista, nesta expressão, algum tipo de incitação à violência e ao preconceito. Se houver, mesmo que eu possa estar errada, prefiro erguer minha voz. Bem, relacionar-se é uma arte que nem todos dominamos o tempo todo. Principalmente quando existe uma idéia em jogo, e achamos que ela é a certa. Mas com um pouco de prática , acredito que podemos chegar a um acordo, e isto não significa que eu concordarei com você, ou vice-versa. Mas significa que ambos concordamos que pensamos diferentemente, e mesmo assim, optamos por respeitar esta diferença.
Fico sempre chocada com algumas pessoas que, quando contrariadas, partem para o ataque, e que à simples menção da frase 'não concordo,' colocam-se na defensiva e passam a agir de forma a fazer os outros acreditarem que aquele que não concordou com ela, é um imbecil. Estas pessoas são inseguras; tão inseguras, que tem medo até de não estarem convictos de suas convicções. Quando uma idéia precisa ser imposta e defendida com unhas e dentes, existe alguma coisa errada...
Bem, mas esta é apenas mais uma idéia.
OI ANA!
ResponderExcluirTAMBÉM ACHO QUE A PARTIR DO MOMENTO EM QUE A PESSOA TENTA IMPOR SUAS IDÉIAS SEM DAR DIREITO AO OUVINTE DE DISCORDAR, PASSA A SER UM IMPOSITOR SEM ARGUMENTOS, QUE ACABARÁ FALANDO SOZINHO.
ABRÇS
zilanicelia.blogspot.com.br/
Click AQUI
Existe uma condição pre-estabelecida para o diálogo, o mesmo ocorre em uma discussão. Uma espécie de ordem, em que um diz, o cérebro do outro entende, dando química e disposição para uma resposta. A elaboração e a argumentação de ideias é algo que exige, força o outro nas faculdades de poder em persuadir. Qualquer livro teórico do Bakhtin redunda em algum momento na ordem da conversação, o que acaba ocorrendo muitas vezes é a ofensiva imposição de ideias, muitas vezes mal estruturadas, que brotam de um confronto pessoal (e intransferível) com uma determinada pessoa. Algo que estava latente, mas adormecido em um canto do cérebro, de repente desperta, e eis a chance de extravasar. Uma briga precisa ser sustentada até que se ganhe pelo menos uma porcentagem razoável dela, e isso é perigoso. A batalha pessoal é uma espécie de reencontro com aquele selvagem que tentamos dominar. E chegamos ao limite, quando somos confrontados não com o desconhecido dos outros, mas o desconhecido de nós mesmo. Tenho uma na minha cabeça que parece covarde, mas dá resultados: A melhor maneira de terminar uma discussão é concordando, pelo menos verbalmente com o outro, afinal nada que eu diga tem 100% de razão, nem nada que me dizem é 100% errado. O Coringa também tem uma que considero genial: O que não nos mata, nos deixa estranho, vou com essa,o que não nos mata, nos fortalece.
ResponderExcluir