Andar por anos a fio,
Cobrir diversos caminhos
Apenas para chegar
À beira de um precipício
E ver que não há saída!
Eu sei, assim é a vida,
Um olhar desesperado
Àquilo que se entrepõe
Entre nós e o desejado...
O abismo se estende
Até aonde a vista alcança,
Sopra sempre um vento frio
Que enregela a esperança...
E o desespero nos abraça,
Por tanto tempo perdido,
E a vontade que nos vem
É de voltar, mas o tempo
Torna tudo inacessível...
Não há cordas, não há nada
Que nos possa auxiliar
Na descida desse abismo...
Não há tempo pra voltar
E refazer o caminho!
É então que nos jogamos,
Ato tão desesperado!
Mas ao invés de nós cairmos,
Descobrimos que voamos...
Eu sei, assim é a vida,
Sempre mostra uma saída
Quando, à beira do abismo,
Nós nos desesperamos!
Se existe um obstáculo,
Não significa o fim:
É o momento de jogar-se,
Descobrir que tu tens asas,
E que o abismo, é tua casa!
E que este ''abismo'' na realidade é um canto repleto de aconchego e paz. Abraços Ana!
ResponderExcluirNa queda livre, ganhamos força e quanto mais rápida é a queda, mais rápido faz-se necessário aprender a voar. Um arraso Ana.
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