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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Versos Gratuitos





De dentro de mim, jorram versos,

Palavras que vem de minha alma

E que se derramam, de graça,

Pelo vasto espaço cibernético.

Mas sei, quando alguém me cobrar

Um dia, pelos versos que faço,

Para eu ter direito ao espaço,

Restar-me há uma saída:

Em brancas folhas de papel

Hei de derramar minha vida,

Esquecendo-a pelos bancos

Das praças, parques e igrejas...

Talvez venha a chuva, e as lave,

Levando-as na correnteza,


Talvez venha o sol e as queime,

Desbotando-as, com certeza...

Ou, quem sabe, alguém as leia

Guardando-as dentro de um livro?

Se for este seu último abrigo,

Terei, finalmente reunidas

As partes de minha vida.


4 comentários:

  1. O início está bonito, início mais o meio ficou lindo, início mais meio mais final fenomenal. As partes da vida unidas, fenomenal.

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  2. Lindo esse poema, Ana, parabéns! Acho que, dentro de um livro, jamais veriam seus versos o sol do sorriso ou o sal das lágrimas de alguém. Mas, pode ser que eu esteja enganada e eternos seriam, então. Who wants to live forever? Um abraço fraterno.

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