Assim, despede-se o dia
Do seu tempo de viver:
Entre laranjas , vermelhos,
E um raio de sol a morrer...
Um último grito de pássaro,
Cigarras no meio do mato
Cantando a não mais poder...
Despede-se o dia, sem dores,
Sem saudades ou temores,
Por trás daquela montanha,
Ele apenas adormece.
Vem a noite, ele se entrega
Ao seu escuro abraçar,
Sem receios do que é negro,
Sem desejos de brilhar.
Desperta o dia, sem planos,
Sem caminhos tracejados,
Entre amarelos, vermelhos,
Mil tons de um lindo rosado...
Desperta o dia, entre os risos
De um coral de passarinhos
Quer chova, quer faça sol,
Erguem voo de seus ninhos.
Vem o dia, vai-se o dia,
Chega a noite, vai-se a noite...
Os rosados e amarelos,
Os laranjas e vermelhos,
E os pretos cravejados,
E a lua nacarada,
E eu aqui, ao teu lado...
"Ao lado" tudo é mais bonito. Até ficar olhando, ao cair da noite, a Lattiffa coçando as purga que amealhou ao nascer o dia.
ResponderExcluiraltamente inspirada !!! maravilhoso !!! parabens !!! olguinha costa
ResponderExcluiruma bela despedida
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