E ela era a bailarina
De longos braços delgados
Tão leves,
Como pescoços de cisnes...
Não tinha culpa, se eles sufocavam.
E ela era a borboleta
De asas finas, cobertas
De um pó leve e perolado,
Asas coloridas e rarefeitas...
Não tinha culpa, se elas cegavam.
E ela era a flor azul, tão rara,
Tão delicada,
De perfume inebriante
E tão caro...
Não tinha culpa se o seu aroma
Envenenava.
Pois ela era a bailarina,
A borboleta,
A flor-menina
Que só vivia,
Que só dançava,
Não tinha culpa se morria,
Não tinha culpa se matava!
Aqui cabe o "EU SOU QUE SOU".´ gostei e muito, beijo de zélia
ResponderExcluirLindo e muito profundo seu poema Ana. Nem sempre as pessoas são aceitas como são. Mas o importante acho eu, é que ela própria se aceite. No mais... Bjsss
ResponderExcluirPERFEITO!!!! Um abraço. Celso
ResponderExcluirMulher
ResponderExcluirComecei por aqui que não havia lido. Ana como a gente pode correlacionar a natureza com o humano né...Apesar de linda, leve, perfumada, colorida, matava. Um disse disse a uma pessoa que ela matou uma parte de mim, e assim é, nem sempre o belo é inofensivo. Belíssimo e profundo Ana.
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