O que trago nas pontas dos dedos,
A minha marca indelével
Que ninguém mais possui,
Nada conta de mim,
Assim como as listras das zebras
Que diferenciam umas das outras
E que jamais são iguais,
Não dizem quem elas são.
Meu DNA, esta cadeia
De células enfileiradas,
Código genético e único,
Não contém minha alma.
Um cientista pode usar
Um simples fio do meu cabelo
Para pretender decifrar-me,
Tentando dizer quem eu sou.
As marcas dos meus pés
No meio da estrada,
As minhas pegadas,
Não dizem nada do meu futuro.
O que fala de mim
É o pressionar das digitais
Sobre as teclas,
Para escolher as letras
Ao compor mais um poema.
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