Tomara que eu possa viver o meu tempo
Sem precisar rir forçadamente
E dizer coisas idiotas
Sempre que o silêncio for mais adequado.
Que eu jamais escreva
A minha própria biografia,
Pois quem interessar-se-ia?
Que eu viva sem a necessidade
De ter sempre, a última palavra,
Mesmo que essa palavra seja
A mais substancial prova
De minha imbecilidade.
Que eu possa permanecer até o fim
Sem escrever coisas ruins demais,
E se escrever
Que ninguém leia,
E se lerem, que esqueçam.
Tomara que eu tenha, até o fim,
Apenas um nome nessa vida,
E que eu possa assiná-lo com naturalidade.
Que todos os dias, eu olhe
A minha face no espelho,
Sem precisar dizer a mim mesma:
"Qual é mesmo a face que eu vou usar hoje?"
Que eu saia desta vida, um dia,
De consciência limpa,
Porque jamais caluniei ninguém,
E jamais acreditei em calúnias.
Que eu sobreviva, de cabeça erguida,
Porque não devo nada a ninguém,
Não preciso ser perfeita,
Não preciso ter razão,
Não preciso.
Bom dia Ana, eu também quero que acontece tudo isso comigo também, beijo de zélia
ResponderExcluirTô nessa, e que assim seja. Lindo Ana. Esperamos seu texto, vamos que vamos. Prepare-se Marcelo tá aprontando pra nós duas, rsrsrsrs.
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