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quarta-feira, 25 de abril de 2012

CORREDEIRAS




Rolam pelas corredeiras
As histórias que juntei
Em uma vida inteira!

Palavras destruídas,
Derretidas
Pelas águas rápidas...

Frases desfazem-se
Ao baterem nas pedras,
Deixando letras pelas margens...

Vem os pássaros
E as recolhem no bico,
Alçando um voo eterno...

Onde irão pousar?

Rolam pelas cachoeiras
Da minha ausência
As histórias que escrevi,
Contei,
Vivi e chorei...

Minha memória
É afogada
Nas corredeiras, entre as pedras,

E eu olho, lá do fundo,
A claridade do céu
Enquanto morro...

5 comentários:

  1. Postei outro dia, um compêndio de frases sobre a morte em seus diferentes prismas. A única morte que não foquei foi a morte cerebral. Cabe muito bem aqui nesse teu poema, as mortes que morremos várias vezes enquanto vivos, que resultam em ressurreições consecutivas. Diria até que, a cada nascer de um novo dia, ressucitamos para uma nova vida. Hoje, o início do dia foi um tipo de morte para mim, mas entre as pedras, agarrado em uma delas, observo a corredeira seguir seu rumo previsível. P.S.: no futuro, vamos morrer de rir do dia de hoje! Marcelo Braga

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  2. linda foto acompanhada de uma linda poesia, não tem como não ficar alegre, beijinhos

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  3. Todos os dias morremos um tanto e do que fomos, vamos renascendo, ainda que a bolha se rompa dolorosamente, vamos nos fortalecendo. Existem coisas que jamais ficarão arquivadas na memória da nossa existência, não vale a pena. Outras irão se apagando porque tantas outras estarão mais recentes. Hoje, as pedras pareciam maiores, feriram mais também, mas essa água linda em cascata na imagem, é a mesma que nos cura, quando alcançamos a calmaria do rio que corre manso, ouvindo o farfalhar das folhas nas copas das árvores, sabendo que em nossos galhos, podemos abrigar tantos pássaros e dar sombra para que a força do sol, não agrida a pele de tantos. Podemos DAR sombra Ana, tem gente que quer ser A SOMBRA que tenta ofuscar quem sabe doar. Tão profundo que mergulhei nesse rio, para chegar à margem, me sentindo lavada para mais um renascer. Meu carinho sempre Ana. Obrigada.

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  4. as corredeiras nos levam diante de nossa permissão e nossos olhares interrogativos........ num despejar lindo de mais um poema dessa sua inspiração cada dia mais renovada . boa tarde Ana ! olguinha

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