SOBRAS
Migalhas, farelos, sobras,
Água salobra nas covas
Champanha choca nas taças
Pedaços de pão dormido
E um cheiro nauseabundo
De sonhos apodrecidos.
Murcharam as mudas novas
E as uvas, saborosas
Secaram todas nas vinhas
Na sêca daquela tarde
Debruçadas sobre o pó
De um sujo chão de mármore.
Dizem que houve uma prece
E um funeral, mas duvido
Que tenha havido descanso
Um paraíso, um remanso,
Para tantas almas podres.
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Minha homenagem àqueles que roubam de quem já não tem quase nada.
Bela poesia!
ResponderExcluirQuem rouba de quem já não tem quase nada,
merece ser homenageado?
*_*
Gostei da ironia.Pena que eles estão fora do alcance.
ResponderExcluirSeu blog está tão bonito, Ana! Vou voltar com calma para ver tudo, tudinho, já que apenas dei uma olhada geral. Sinto sua falta, lá.
ResponderExcluirAnááá´, você vai fundo...sei lá...leitura das mais completas dessa net campal...de verdade, poeta.
ResponderExcluirA FILA É GRANDE, MUITO GRANDE.
ResponderExcluirANA_Casa Nova,ficou linda demais,alegre feliz,um visual de felicidades.
ResponderExcluirPoesia reflexiva.Bjus\Flor*
que bom também achaá-la por aqui..quase que não vejo sua postagem aquele blog está parado..estou em www.vestesdepalavras.blogspot.com
ResponderExcluirtá lindo seu blog..volto. beijos
Intenso e cortante como faca Ana.
ResponderExcluirEstes que não tocam a terra e apropriam de toda produção,
aqueles que nao se inspiram e colhem os versos,
aqueles que pisam os jardins e não sabem o divino toque de revolver a terra no plantio.
Perfeito poema amiga.
Gostei.
Carinhoso abraço.
Bela semana no clima de renovação da fé.