Em volta, cacos cortantes
De promessas quebradas.
Migalhas de vidas,
Sobras... mais nada.
Um carinho magro,
Raquítico e seco,
Tentando emendar
O logro fadado.
Um beijo anêmico,
Fraco, doente,
Tentando selar
O trato rompido.
Promessas, só promessas...
Melhor não prometer nada!
Voltas e voltas
Em torno de si,
Vertigens e náuseas,
Um sangue de água...
Palavras sem força
Que são repetidas
Numa tentativa
De enganar a vida...
Promessas vazias,
Palavras vazias,
Arrasta-se a noite
Num triste arremedo
De amanhecer.
Como crer?...
Promessas que saem
Da boca dormente...
Nem sequer pretende
Cumprir o que diz!
Ah, vontade fraca,
Ah, peito abafado!
Ignoto futuro
Que nunca decola!
Presente fechado...
Por que se agarra, assim,
Ao passado?
Palavra de esmola,
Intento frio,
Riso malogrado.
*
Promessas quebradas, mais uma poesia de muito encantamento e verdades. Parabéns!
ResponderExcluirÉ isso!
ResponderExcluirPromessa é promessa e deve ser cumprida.
É melhor não prometer se não for para cumprir.
Meus aplausos!
Olá Ana. Parabéns. Lindo. Quando leio seus poemas, me sinto enquadrado neles. Essa situação é vivida por mais vezes do que se imagina no nosso cotidiano. Quantas vezes sentimos faltar o chão sob nossos pés. Quantas outras suamos frio, ao constatar o que já vem de longa data, mas que adiamos e não desejamos confirmar. É assim a nossa vida, mais real do que parece.
ResponderExcluirAbraços fraternos.
Promessas são apenas promessas
ResponderExcluirQuebradas ou não
Apenas promessas...
Nós as recebemos e as formulamos. E sempre com o intuito de cumpri-las. Mas basta um movimento brusco da vida para que em mil pedaços se transformem. Bjs.
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