Arranco as correntes
Que me prendem.
Causa-me asco
Esse cheiro de alho
Nos hálitos quentes!
As bocas frementes
Murmuram,
As bocas famintas,
No escuro...
Ando pela vida
Cercada de flores
(Algumas, murcharam)...
Canteiros de dores,
Pétalas de risos,
Sons de cigarras
E de guizos...
Às vezes, eu voo,
Às vezes, viajo
E me perco,
Me engano,
caio...
Nasci em setembro
De dentro de maio
Que foi-se em dezembro.
Por vezes, eu grito,
Parece que bebo,
Parece que salto
Ao som de um apito...
E o motivo?
-Pode ser um vento,
Um rito.
Quem olha, me vê
Sobre a superfície,
E julga com os olhos,
Bocas e ouvidos...
Não vê as entranhas,
E não faz sentido!...
Não sou o diabo,
Pois gosto do vento,
Do frio, e o inferno
É quente demais.
Não uso tridentes,
Não me delicio
Com ranger de dentes...
Eu prefiro a paz.
Não sou o diabo,
E esse discurso
Que me apresentas,
Eu já sei de cor!
Vê se te emenda,
E passa direto,
Corre, vá de retro,
Pois não sou o diabo,
Mas posso ser pior!
*
HUmmm.. Esse poema tá que tá danado!! rs
ResponderExcluirNEM CÉU NEM INFERNO - SÓ PÉTALAS
Seria um recado,
um aviso?
Seria ameaça ou
talvez peça pregada?
Quem sabe carochinha as avessas
na ponta do lápis
no refôlho da página
que seja:
peça
ameaça
aviso
recado
(...) Há um transbordar de rosas no ar
pra ti Ana,em resposta ao teu poema!!
bacios cara mia!
Muito bom. ótimo ritmo!
ResponderExcluirbjos
Quem não lê almas é incapaz de entender sentimentos e pessoas, em sua maravilhosa essência. Poema muito belo. Bjs.
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