Era uma vez um menino,
Que sonhava com viagens,
Com caminhos encantados,
Alegrias sem paragens...
Vivia driblando a dor
De não ser bem quem queria,
Viva espalhando o amor,
Tentando vencer o dia...
Era uma vez um menino,
Que catava pelo chão
O que a vida oferecia,
Guardando na palma da mão...
E do nada, construía
Mil barquinhos que soltava
carregados com seus sonhos
Pelo grande mar da vida!...
Mas não sabia, o menino,
Que um dia, afundariam
Por falta de calmaria
E por obra do destino...
E manteve a esperança
Até que ele viu sumir
No horizonte do degredo,
O último dos barquinhos...
Mas restou-lhe um por de sol
No qual ele mergulhou
Para sempre e para longe...
Nunca mais ele voltou!
Para Ricardo
Muito lindo este poema, Ana. Adorei sobretudo a sensibilidade e o realismo da 3ª estrofe. Aplausos poetisa!
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