Canção do desamor
Sinto muito; não te amo,
Não sei como aconteceu.
Não há rastros do que fomos,
Nem sequer uma lembrança
Que me impeça de esquecer-te.
Pois de ti em mim só resta
Uma ruga sobre a testa,
Uma foto desbotando,
Um odor que sai, lavando,
Um torpor de fim de festa.
Sinto muito; não te amo.
Esse teu suposto amor
Nada é, senão costume,
Deixa em nós um azedume,
Sei que podes me esquecer.
Ao sair, deixe na casa
A cópia da minha chave.
Leve embora teus sinais,
Teus resquícios e lembranças
Mate toda a esperança.
Sinto muito, não te amo!
Essa é verdadeiramente uma canção, Ana.
ResponderExcluirNão sei se pensaste assim, mas daria uma belíssima música!
Adorei o ritmo e toda verdade que há nela, apesar da tristeza de um desamor tão gélido.
Mas assim são os poetas, criam dos sentimentos a palavra para que esta leve os sentimentos de volta ao coração do leitor. É perfeito!
Abraços. Daniel
http://dagarpower.blogspot.com