Duas aves,
Que poderiam partilhar
A simples alegria de voar
Pelo mesmo céu.
A primeira,
Voava por amor ao voo,
Sem desejar, da vida,
Mais do que o prazer das asas.
Mas a outra
Desejava voar mais alto,
Superar
As alturas que a outra
Poderia singrar.
A vida passou sobre as duas,
E chegou a hora do voo derradeiro.
A primeira, foi sem pesos,
Alçou um voo rápido,
Alcançou o paraíso
Das coisas redimidas.
A segunda,
Abriu suas asas pesadas
Pelo chumbo com o qual
Atirava contra a outra...
E caiu,
No abismo do esquecimento,
Onde morre a vida.
Forte e pleno de significados. Parabéns, eis um poema filosófico...
ResponderExcluirEnquanto uma preocupava-se mais em superar a outra, a tal outra "voava a sua vida".
ResponderExcluirServe bem aos humanos essa metáfora.
bjos
Olá!Boa tarde!
ResponderExcluirAna!
...trazendo este tema para nossa realidade, não é diferente. Somos constatemente pressionados e colocados diante dilemas, em situações de escolha. Optar! Várias são as questões que nos levam ao estado da dúvida. Muitas vezes não temos oportunidade de avaliar as alternativas e, somos movidos à tentativa de ser melhores que outros, e com isso, tornam-se árduas, tensas, dolorosas, já que foram além de nossas reais possibilidades...
Obrigado pelo carinho da visita!
Boa quinta!
Beijos
Bela criação mensagem Ana.Lendo imaginei o Fernão Capelo,muitos sonhos e voos ousados pela vida e muitos ficam na mesmice,não se permitem,não sonham.
ResponderExcluirBela inspiração amiga.
Abraços.
E assim caminham, também, os homens. Os que cuidam da própria vida e buscam viajar mais leves conseguem, sem sacrifícios maiores, galgar as alturas. Bjs.
ResponderExcluirLindo, Ana! Como sempre, lindo! E sábio. Ler Ana Bailune é o que há. Super parabéns!
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