Ficou o caderno aberto,
As letras desbotando ao sol,
Os poemas morrendo de sede,
A capa sendo carcomida, aos poucos,
Pelo que antes, fora a vida.
Ninguém recolheu as palavras,
Ninguém fechou o caderno,
Porque o autor, já ausente,
Não deixou nenhum herdeiro...
E assim, o destino das folhas,
Era o de serem aos pouquinhos,
Apagadas pelo vento,
Enterradas pela areia,
Desbotadas pelo sol...
E os poemas,
Ah, os poemas?...
Seguiriam, num rastro de estrelas
(Quando nada mais restasse
Daquele pobre caderno),
O seu criador.
A dor de um poema, ao morrer,
É bem maior que qualquer outra dor.
ANA
ResponderExcluirA imagem é EXCELENTE !
É tua ?
E do poema gostei imenso !
Pena não ter passado nessa praia para tudo recolher.
Um beijo.
Olá!Boa noite
ResponderExcluirAna
morre o poema e só resta apenas a angústia deixada por sua mudez. Aprendi que o poema, deve ser conquistado/lido a cada segundo para que não seja letra morta no papel, para que sejamos todos seus legítimos herdeiros e evitarmos o legado da dor.
Obrigado pelo carinho da visita
Bom final de semana
Beijos
ResponderExcluirLindo, Ana.
Beijo.
Ana, você ultimamente tem nos presenteado com versos mais que lindos. Lindo é pouco pra tua poética.
ResponderExcluirEm tempo, devo confessar que nunca poderemos deixar o poema morrer, muito menos a poesia. Embora nas entrelinhas deste poema a gente sinta que o ser humano está perdendo o senso e a humanidade, literalmente.
Eu fiquei comovida com tanta beleza destes versos, aliás um dos mais bonitos que eu já li.
Título, imagem e lirismo - tudo em nesta bela construção.
Feliz estou em ter uma amiga que cultiva os jardins da poesia.
kisses my friend!
Lu C.:)
A poesia renasce na emoção de quem a lê.
ResponderExcluirBelíssimo trabalho e ilustração.
Um abração Ana.