Um Sabiá
Paradinho no chão,
No meio da grama,
Junto ao pé de laranja,
O sabiá sonha.
Seus olhinhos de alfinete
Estão ausentes,
O coração minúsculo
Protegido do frio
Entre penugens eriçadas.
A brisa ergue algumas penas
Junto às asas,
Mas ele não quer voar,
Ainda não...
O sabiá está parado,
Em contemplação,
A meditar.
Eu o olho, da janela,
Atrás do vidro,
Enquanto também medito,
Buscando sentidos
E esperando a brisa soprar
Sob as minhas asas paradas...
Temos muito em comum, sabiá,
Pois tu pensas que sabes,
Mas não sabes nada...
Que lindo Ana, hoje também postei um poema diferente, amo animais e acredito que o seu sabiá sabe sim, acho até que eles(os animais irracionais), sabem mais, muito mais que nós, os humanos!!!
ResponderExcluirAbraços e tenhas um lindo dia!
Oi, Ana!
ResponderExcluirÉ a primeira vez, que visito seu blog, que é tão harmonioso.
Gostei muito de seu poema. Os animais têm muito mais sensibilidade e saber que alguns humanos.
Beijos da Luz, com carinho.,
Lindo poema!
ResponderExcluirCreio que o saber é muito grande naqueles que pensamos nada saber...
Beijos,
Ana querida, em meio ao caos destes dias, vem você com tua sensibilidade poética espalhar perfumes, alegrias e um pouco de paz.
ResponderExcluirMinha cabeça gira tanto com esta confusão nas ruas e o nojo que sinto desse vandalismo ignóbil... É muito revigorante ler Ana Bailune.
Poema e imagem divinos - quase um hino à natureza acordando o ser humano.
Obrigada por este momento
Ana
ResponderExcluirSabíá nada sabe da ignomínia deste mundo por isso só procura a harmonia, numa contemplação, para o que não precisa ser racional.
Bjs