Miríades
Miríades de mim:
Nas gotas de chuva (em cada uma delas,)
Subpartida em cada folha,
Em cada canto desta casa,
O meu fantasma à janela.
Milhões de minúsculas células,
Todas elas
Pedaços diáfanos de mim...
Alguns, espalhados pelo vento
Tentando transcender o tempo.
Miríades de mim em cada estrela:
Vê; eu sou aquela parte mais fosca,
A que empana o brilho,
A que volta sempre no verão,
Nas asas das moscas!
Minha pele esgarçou-se de tanto gastar-se
Contra os muros do tempo.
Meus cabelos caíram, e voam no escuro
Tocam teu rosto como teias de aranha.
Miríades de mim no teu pensamento,
Perdida em cada instante
Eu me reinvento,
Sublimando a morte,
Sublimando o esquecimento.
Oi, amada!
ResponderExcluirTem selinho pra você!!!!
Prêmio Primavera!
Seus poemas são profundos e muito belos. Tenho muito prazer em ler o que escreve. Versos assim, nos chegam à alma. Bjs.
ResponderExcluirLindíssimo!!! "Miríades de mim" A parte que não se apaga se propaga nestas lindas palavras!
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