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sábado, 8 de junho de 2013

EU






Eu


Sou eu que arranho, em desespero,
As portas da tua memória,
Sou eu quem aguardo lá fora
Por uma migalha, que seja,
Do teu olhar.

E ao chegar a madrugada,
Sou eu que te espero, cansada,
Na beirada da tua insônia,
Em imagens esfumaçadas...

Eu sou a voz que tu ouves,
O toque pelo qual anseias
E que jamais haverá...
Eu sou a ânsia que grita
Guardada no pensamento,
Eu sou quem jamais virá. 

E quando pensares que a dor
Da minha ausência passou,
Eu volto, num raio de sol
Para te dizer que eu existo.

Pois eu sou a tua saudade,
O eco do que tu adoras
Que numa nuvem de bruma
De repente, foi embora.

5 comentários:

  1. O poema me fez lembrar Chico Buarque, não sei a causa. Talvez pelo tema abordado.
    Valeu, Ana.
    Jorge

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  2. Tens aqui um corpo para arranhar, sempre que te apetecer...

    Vamos fazer outra parceria, ANA ?


    Um beijo.

    ResponderExcluir
  3. Ana,que bela poesia de amor!Intensa,ficou maravilhosa!Bjs, Postei seu selinho em meu blog tb:http://ana-bailune.blogspot.com.br/2013/06/premio-primavera-presente-de-deia-klier.html

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  4. Ana,

    Linda poesia romantica.
    Achei bonito ao dizer que pode voltar tal como um raio de sol a fim de mostrar que ainda existe.

    Beijos

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  5. Lindíssima Ana! Uma vez você destacou uma minha que relatava saudade. Você me fez um lindo elogio! Só que esta que escreves agora supera-se pelas expressões de grandeza.
    beijos

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