Um furacão, e de repente, a evidência do quanto somos frágeis. Uma cidade imensa - a capital do mundo - precisa, literalmente, parar; Wall Street, Brooklin, Broadway. Tudo parado. Ruas vazias. O coração do mundo em silêncio. As pessoas em suas casas, protegidas (?) por barricadas de comida e água. Supermercados vazios.
A repórter no vigésimo oitavo andar de um prédio, transmitindo as notícias e sem saber como fará para voltar para junto dos seus, já que a energia do prédio foi cortada. Ela diz que seus filhos estão seguros em um hotel.
De repente, a primordial necessidade tornou-se o abrigo e a comida. Realmente, as únicas coisas que nos fazem permanecer biologicamente vivos, além do ar. Mas o ar agora mata.
Somos primitivos. Quando a vida corre riscos, voltamos às nossas origens , aos tempos da Idade da Pedra, e tratamos de proteger as nossas vidas, mesmo que para isto, tenhamos que disputar uma garrafa de água à unhadas! Realmente, como somos frágeis! E é justamente nestas horas que as nossas máscaras caem, e a superficialidade dá lugar ao que realmente somos. E ao que realmente importa.
No olho do furacão, somos todos iguais. O melhor e o pior expostos aos mesmos riscos e reduzidos às mesmas proporções. Todos os sonhos andando na beirada da vida, ameaçados por uma ventania.
A qualquer momento, podemos ser levados pelo furacão.
Mas quando tudo passa, e o vento carrega consigo os destroços que escolheu levar, a vida volta a ser o que era, e nem mais nos lembramos do furacão. Pois a vida segue, e nós seguimos com ela. Modificados? Não; indiferentes.
Isso que é o tragico, né! A indiferença com que vivemos atualmente... a banalização da vida...
ResponderExcluirSer ou não ser...
bjsMeus
CAtita
... E aonde nos levará essa indiferença se sabemos (talvez inconscientemente), sei lá, que todos estamos no mesmo barco frágil das intempéries da vida?
ResponderExcluirFalta mais consciência, Ana. Conosco e com a natureza das coisas.
bj
crônica ideal e real - gostei imenso.
Coincidência tenho escrito também uma crônica sobre esse assunto...
ResponderExcluir...
Publicarei mais tarde...
Saudades dessa amiga querida que faz dos seus textos mais que real...
ResponderExcluirbjsssssssssssssss
Lindo e reflexivo!! beijos,chica
ResponderExcluirOlá!Boa tarde!
ResponderExcluirAna...
acabei de vir de um blog que estava "falando "sobre a Sandy.Você "disse tudo" no seu belo texto, então,vou só dar meu "pitaco" no seu final: a vida segue, e nós seguimos com ela.Capitalismo é isso: lucro privado e prejuízo público... Mesmo com as seguradoras "pagando", sobra sempre para os contribuintes o maior montante para a reconstrução da estrutura afetada...penso eu!
Obrigado!
ótima quinta feira!
Beijos
Ana,vc é demais!Que análise mais verdadeira da situação em Nova York e especialmente no quanto somos pequenos e na hora do sufôco impera mesmo a lei da sobrevivencia,do salve-se quem puder!Parabéns pelo excelente texto!Bjs e bom feriado!
ResponderExcluirnada podemos contra a natureza. domá-la em algumas situações é quase impossível!
ResponderExcluirNunca esqueço quanto sou pequeno
ResponderExcluire a natureza imensa.