De repente, o dia ficou noite
Acenderam-se as lâmpadas da rua
Bem no meio da tarde.
Pássaros esconderam-se,
Não se ouve nenhum pio...
Há uma carga elétrica no ar,
Pronta a manifestar-se.
De repente, o vento contido
Solta-se em rajadas sem-destino,
Levando consigo, durante o descaminho,
Borboletas desavisadas,
Folhas ressecadas,
Telhados mal-pregados.
De repente, a chuva desaba,
Feito baldes d'água sobre o mundo,
Criando riachos, do que antes
Eram apenas pequenas poças.
De repente, um clarão demente cruza o céu,
Seguido de um violento ribombar:
Forças da natureza em ação,
Árvores inclinam-se para não tombar...
Raios, ventos, trovões...
Temporal mágico-atemporal,
Temporal magnético,
Catarse da natureza...
A natureza se manifesta com todas suas forças,como se numa retaliação aos desmandos humano.
ResponderExcluirBelo texto natural.
Abraços.
Catarse também de poema! Puxa, toda a força da natureza transmitida do melhor modo, do modo "Ana Bailune".
ResponderExcluirGostei particularmente deste seu poema, Ana, pela sua mensagem e linguagem clara e harmoniosa. Parabéns. Abraço
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