Um dia,
Quando formos luz,
Talvez a cegueira que hoje temos
E a ilusão que ela traz
Nos faça olhar um ao outro
E nos enxergarmos
Como realmente somos.
Quem sabe,
Quando formos luz,
As ilusões causadas,
As desilusões mascaradas
Possam encontrar um final
E nos conheçamos, enfim.
Talvez
Quando formos luz,
Tu me olhes sem armas,
Sem pedras nas mãos,
Sem inveja, sem disputa,
E me vejas como eu sou
(Ou como eu tento ser).
Um dia,
Quando formos luz,
Compreenderás as razões
Pelas quais eu fiz
O que tive que fazer,
E me vejas, não como um monstro,
Mas como uma pessoa
Tão sensível quanto você.
E quem sabe,
Nesse dia
(Se ele chegar)
Possamos, sinceramente , lamentar
Pelo tempo que perdemos
Tempo que não nos reconhecemos
Esse mesmo tempo que vivemos
Como luz, que somos.
*
Somos luz
ResponderExcluirpor que somos pedaços
do sol
que numa de suas explosões
nos exalou
somos mais filho do arco-íris
que da mãe Terra
nem por isto
deixo te tomar bença
dela
todos os dias de sol
Luiz Alfredo - poeta
Que lindo Ana, uma reflexão que mexe com corações e alma!
ResponderExcluirHá muito tempo? Há pouco tempo? Ou o tempo é aquilo que desejamos que ele seja? Poema luz o seu, Ana, mas achei pertinente questionar. Quem sou eu... mas troque o "for" e o que "foi" por agora, sem esoterismo, budismo e outros ismos, simplesmente via compreensão de que o melhor é simplesmente viver o dia de hoje, ninguém sabe o que acontecerá no dia de amanhã e o passado só tem importância para exprimir poeticamente. Ontem fiz compras no Verdurão - para quê? Abóboras, couves e mangas dançaram ontem nas minhas mãos - acho que há poesia aí, e assim tudo bem, penso. O mesmo raciocínio deve ser levado para o futuro, é só trocar o tempo.
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ResponderExcluirOlá!Boa tarde!
Ana...
reflexivo e belo...
penso que a luz desmascara as trevas. Enquanto a luz não se manifesta, não temos consciência das trevas.Temos que ser algo,antes de agir como algo...
Obrigado pelo carinho da visita!
Boa semana!
Beijos
Adoreiii, Ana!
ResponderExcluirQue este dia chegue, pois enquanto não chega, somos luzes, tantas vezes ofuscadas...
Beijos, boa semana,
Valéria