Torturo-te devagar
Para que não morras
De dor extrema.
Dou-te um pouco de cor,
Dou-te um poema.
Vou ceifando laços
Do que não mais serve
E não quer ficar.
Deixo-te uma cena
Bucólica, amena,
Um braço de mar.
Torturo-te decepo
Ligações forçadas,
Forjadas no ninho;
Nos tocos doridos
Faço com que surjam
Novos caminhos.
E a graça de tudo
São as luzes que eu penduro
Por entre a escuridão
Que eu mesma provoco
Sempre que eu te toco
Com minha fria mão.
Torturo-te aos poucos
Com vários requintes
De doce crueldade,
Pois quero que saibas
Na ponta da espada
O que é realidade.
Se há um motivo,
Ninguém jamais disse,
Mas cumpro minha sina
De morder e assoprar,
De dar-te e tomar-te.
Assim é a vida.
Boa tarde, Ana. Maravilha de poema! Como traduz o que fazemos conosco, com as pessoas nessa jornada que chamamos de vida.
ResponderExcluirBeijamos, deixamos de beijar, alegramos e causamos dor conscientes do que estamos fazendo.
Somos nós os responsáveis por essas dualidades tão estranhas residentes em nos!
Beijos na alma e fique na paz!
Não é somente um sexteto
ResponderExcluirmuito bem feito
mui belo
é uma dose de alcaloide
que penetra no nosso ser
é muito mais
uma lição de vida
poeticamente falando
é curar uma profunda ferida
com um poema
com uma forma antiga
com ritmo de uma cítara
uma bela cantiga
mui bela de amor
Luiz Alfredo - poeta
A vida é cheia de '''graça'''. Essa é a nossa graça!
ResponderExcluirbjsMeus
Catita
Ana Minha querida, suas poesias são divinas, voc~e escreve realmente com a alma. Parabéns!! Obrigada pela visita e por deixar lindos comentários. Sua comtribuição tem sido muito valiosa. Uma linda noite e um final de semana na paz de Deus.
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