Teus olhos viram coisas que eu não sei
E guardam mil estórias pra contar
De um tempo em que eu não era ainda.
São caminhos, as marcas das tuas rugas,
São amores, talvez risos, talvez dores,
Despedidas, muitas idas, muitas vindas.
Tuas mãos, agora aduncas e cansadas,
Outrora ágeis,foram o esteio de tua vida
E de outras vidas que chegaram pela tua.
Esses teus braços, que abraçaram tantos sonhos,
E pretenderam abraçar o mundo inteiro
Pendem vazios, desobrigados de lutar.
E quem passar pelo caminho da tua casa
Verá no alpendre uma figura encarquilhada
E pensará: "Um velho, apenas..."
Mas quem ouviu tuas estórias tão antigas
E quem bebeu tão doce vinho em teu graal
Afirmará: "Um homem, afinal!"
Que beleza Ana.
ResponderExcluirCada um leva sua historia que jamais pode ser ignorada.
Bela e terna inspiração.
Meu terno abraço amiga.
dizer que é lindo é pouco, ficou esplendido, Aninha ;)
ResponderExcluirUm belo poema homenageando a dádiva de viver. Com o peso dos anos, não são as amarguras que encarquilham, mas a humildade de haver carregado com prazer momentos que jamais serão esquecidos.
ResponderExcluirTenha um excelente feriado. Abraços.
É da sabedoria que vem o reconhecimento. As marcas que o tempo deixa são trilhas vencidas e experiências guardadas. Muito lindo! Bjs.
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