Clichè
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Talvez morrer seja a coroa da moeda,
A profecia que o religioso prega,
Fechar os olhos e abri-los n'outro mundo,
Talvez morrer só seja um sono mais profundo...
Talvez morrer seja esquecer o que viveu,
E acordar em um geena pessoal,
Compreender que tanto faz o Bem ou o Mal,
Que é inútil repensar o que viveu.
Talvez morrer seja o clichè que Deus prepara
E que quem chega do outro lado, se depara
Com a mesma vida que viveu nesta existência,
Talvez morrer nos traga um pouco de decência...
Talvez morrer não seja nada, e nada exista,
Um precipício todo branco, cuja vista
Nos deixe cegos, nos tragando totalmente
E ao cairmos, nada mais se sinta ou pense...
Talvez morrer seja a maior das recompensas,
Após a vida de tristeza e de carência
Que empurramos, todo dia, nesse mundo,
Talvez morrer seja o retorno ao Oriundo...
Talvez morrer seja igualzinho à própria vida:
Uma piada que algum bebum contou,
Da qual ninguém jamais sorriu ou entendeu...
Talvez morrer seja o avesso do seu eu!
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Dentre tantas poesias sobre a morte e outros...
ResponderExcluirConseguir se renovar é muito difícil...
Parabéns Ana por se renovar a cada dia para nós leitores...
Ana, morrer sempre será algo indefinido aqui enquanto vivos. Mas creio ser bem legal lá do outro lado. Eu tb acho que deve ser igualzinho à própria vida - grande sacada tua, esta!
ResponderExcluirbacios
Entre tantos "talvezes", o último foi o meu preferido...
ResponderExcluirMuito interessantes e pertinentes esses questionamentos.
bjos