CONFIANÇA
Confio mesmo, é em mim mesma
E mesmo assim, não totalmente
Pois mesmo que eu desconfiasse
Que eu não sou de confiança
Confiaria, assim mesmo
Nessa mesmice previsível,
Pois nem eu mesma sei ao certo
Até aonde sou confiável
A mim mesma, ou a você...
Confio, mesmo desconfiando
Naquilo que eu aprendi
E mesmo que eu esteja errada,
Apenas tive o que pedi...
Quanto ao te dar o que pedires,
Mesmo que implores, não garanto...
Mas mesmo assim, eu admito,
Que vou tentar, mesmo chorando,
Pois mesmo que eu não consiga,
Eu tentarei, mesmo que eu morra
E eu morrerei, mesmo, tentando!
(Um poema para não ser entendido, mesmo. Pode confiar).
É compreensível confiarmos somente em nós mesmo, e às vezes até de nós mesmo desconfiamos... Bem sabemos do que somos feito, e mal sabemos o que temos no escuro d’alma. O anjo que de dia temos, não é o mesmo que nos assusta nas noitadas.
ResponderExcluirOlá Ana! Gosto dos teus poemas, eles me aguçam, e trazem esta vontade de repicar, de provocar, de continuar a brincadeira de palavras.
Sei que constantemente fujo da interpretação do ator. É por encontrar riqueza e conteúdo em tua escrita… Boa tarde!