Já não posso navegar
Por esse mar de sangue
Cujas águas são tão densas,
Que quebraram-se meus remos...
E a ilha que eu desejo
Fica sempre mais distante!
Já não posso navegar
Por esse mar de sangue!
O meu barco, antes sereno,
Hoje teme o abissal
De onde nascem tantos monstros...
(Todos de água e de sal?...)
Já não posso navegar
Por esse mar de sangue,
Minhas velas se rasgaram,
Nem o vento a me levar...
Já não há nem mesmo um porto,
Um cais para onde voltar,
Estou só e sem guarida
Bem no meio desse mar!
Talvez haja uma saída
Se eu me deixar afundar,
Pois sobre esse mar de sangue,
Já não posso navegar!
Para o povo do Afeganistão, que navega há tanto tempo entre o sangue, o medo e os monstros.
Eu não sei se houve em algúm tempo, tempo de paz para aquele povo.
ResponderExcluirE por aqui ainda falamos em infelicidade....
ResponderExcluirbela forma de declarar seu pensamento - pensamento poético - sobre aquele povo. Parabéns, Ana! Calazans
ResponderExcluirexistem , sem viver !!! lamentável !!!
ResponderExcluirolguinha
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