Eu compreendo muito bem que árvores junto a uma piscina - local onde deve reinar, absoluta, a luz do sol - não é um bom arranjo; compreendo também que naquela rua deserta e um pouco úmida, o excesso de árvores em volta de uma casa não ajudará a umidade a dissipar-se nas manhãs de inverno.
Mas eu não compreendo passar por ali e não ver mais o luar entre os galhos daquela cerejeira, infestada de flores, que quando caíam, pintavam a calçada de cor de rosa. A árvore apinhada era um espetáculo sem igual! Os galhos debruçavam-se por sobre o muro, e iam se oferecer aos poucos passantes da rua - privilegiados como eu - que podiam fotografá-los, cheirá-los ou simplesmente, deleitar-se olhando para eles, no mais puro êxtase de beleza!
Ficaram, no início, apenas os troncos com os cortes farpados, restos da cerejeira cortada. Depois, nem isto... ontem passei por ali, e a cerejeira tinha sido completamente removida. Olhei para o céu, e o luar estava nu.
Agora, só me restam estas fotos, que tirei em um momento de puro esplendor, quando voltava para casa, há uns dois anos. Lembro-me de que larguei as compras no chão, peguei meu celular e passei alguns minutos ali naquela rua, fotografando a linda cerejeira em flor.
Bom dia! Confesso a minha ignorância quanto às árvores que dão flores, o que me vem na cabeça agora só me recordo dos ipês; agora, cerejeira, sinceramente, eu pensava que só desse em países como o Japão, nos da Europa. Outra coisa, e vou até no Google para ver em que árvores se dá a fruta chamada cerejeira, a cereja; já ouvi falar, salvo engano, que no Brasil dá uma espécie de cerejeira chamada cerejeira do mato, cujos frutos são escuros, parecem até jabuticabas. Ah!, mas voltando às árvores frutíferas. eu não sei se hibisco é considerada uma árvore, manacá, dama da noite (a cabeça agora tá fervilhando de indagações) também, e eu sei identificá-las. Árvores frutíferas, as brasileiras conheço muitas, e algumas até pouco conhecidas como fruta-do-conde, pequi, mangaba, araticum, buriti ou curriola,um monte, enfim. Bom, seu texto me fez viajar. Gosto de ser instigado, e seus textos são campeões neste e em outros quesitos. Abraços e um domingo florido e com gosto de cerejas (apesar de achá-las enjoativas, prefiro as jabuticabas). PS - belas fotos.
ResponderExcluirOlá Ana: Parabéns pelo texto que desperta (em nós) sensibilidade em Abundância... Em meu achômetro, parece prático largar a foice e aparar uma planta sem pensar que sua única finalidade não é ser conveniente aos donos da casa... Abraços.
ResponderExcluirMas te restam fotos lindas!
ResponderExcluirObrigada pela dica no blog, não passo de "mais do mesmo" mas as duas ultimas postagens se complementavam. Risos.
ResponderExcluirQue suas palavras tenham sempre esse perfume agradável!
Será que o mundo é os nossos olhos, ou terá nele um tanto de cada sentimento?
ResponderExcluirCom certeza somos além, pois derribem os vales, queimem as matas; mesmo assim restará a lembrança de repormos, de tirarmos fotos, de fazer poesias e tirar fotos de puros esplendores...
Deve ter sido um espetáculo impar ver a cerejeira no seu esplendor, recheada de flores.Parabéns pelas imagens lindas registradas.
ResponderExcluirObrigada pela visita no meu Blog.
Linda tarde de domingo.Bjs Eloah
Ana,que coisa mais triste!De fato,uma amiga muito linda e que vai fazer falta!bjs,
ResponderExcluirCastraram o luar que tinha as cerejeiras como ornamentação, é uma pena viu Ana, mas ainda bem que tu tornastes eterna a beleza do momento.
ResponderExcluirAbraços e ótima semana
Simlesmente maravilhoso.A Natureza na seu explendor.
ResponderExcluirTuas fotos captaram uma beleza majestosa. É realmente lamentável que esta cerejeira não esteja mais ali. Boa semana, Ana. Beijos
ResponderExcluirCrime inafiançável. Abrçs. Helena
ResponderExcluirAna:Infelizmenteisto acontece em todo o lado.Eu públiquei á tempo um artigo no RL,sobre um velho roble,Estava viçoso,começou a amarelecer e agora morreu.Retam um tronco nu,sem ramos.Soube que uma alma desnaturada tinha posto um produto em volta do tronco,e o resultado está a vista.Não sei se por coincidenmcia,um vizinho com 90 anos,e que ultimamente passava os anos á sua sombra morreu também.Era uma arvore com mais de cem anos.Como as ceregeiras,alma criminosa lhe deu fim.
ResponderExcluirSeu texto é magnífico.Õbrigado.Antonio