Que seja o meu derramar de palavras, independente da aceitação da maioria. Quando eu pegar na caneta, ou tocar no teclado, que venha para fora a minha verdade, o meu pensamento, sem censuras, sem dissimulações, sem medos. E se houver brandura , que ela seja gerada pelo respeito, e não pelo medo, sem jamais camuflar a verdade dos fatos.
Que seja o meu escrever, um exercício de prazer e necessidade íntima, e não de necessidade de aplausos; se eles chegarem, que venham através de meu mérito, como uma consequência, e não como um objetivo.
Que o dom de escrever seja usado por todos que o tem como uma forma de demonstrar seus sentimentos, quem sabe, chegando àqueles que precisem das palavras que estiverem lendo, geradas por nós, exatamente daquelas palavras, por estarem vivendo um momento de dúvida e poderem ver nelas, uma resposta ou um consolo. E mesmo que apenas uma única pessoa as leia, que possamos fazer a diferença de modo positivo na vida daquele ser.
Para isso, nem todas as palavras deverão ser fáceis... mas que sejam ditas.
Pois nem todas as palavras são bonitas.
Mas espero que as palavras, belas ou não, não sejam uma distorção da realidade dos fatos, apenas para servirem de vingança! Quando isso acontece, todo mundo perde: quem as escreve, quem as lê e aquele a quem elas foram direcionadas. As palavras devem ser retas, limpas, sem segundas intenções, jamais retorcidas e moldadas como ferro quente, a fim de adquirirem, à força, o sentido mentiroso que queremos fazer parecer verdadeiro. Pois assim, maculamos a palavra.
Que a palavra seja dita de forma direta, e não indireta, cheia de segundas intenções, sentidos ocultos e ofensas veladas. Pois quem tem algo a dizer, deve dizê-lo de forma direta, ou então, calar-se... que a palavra faça de nós criaturas livres, libertas, íntegras, e não lobos em pele de cordeiro.
Oi, Ana, suas idéias sobre propósito da escrita neste texto são pertinentes e acho que entendi seu ponto de vista. No entanto, não esqueçamos de que escrita literária também é arte, ofício ou traquinagem. Muitas vezes, quem escreve literatura não pensa nas mensagens que podem ser tiradas do texto, pois cada leitor recepciona de modo muito particular. Muitas vezes, quem escreve só quer brincar com sentidos e palavras e viver o imenso prazer que essa brincadeira dá, ainda que por trás conte histórias (imaginárias ou verdadeiras) e que estas tenham alguma moral- intencional ou não. Só um adendo, sim? Um abraço fraterno, inté!
ResponderExcluirOlá, helena. Falo apenas da distorção da realidade... é claro, adoro ler ficção, mas quando eu sei que é ficção, apenas.
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