Apesar de pequenas tragédias pessoais
Que todos vivemos em nossa permanência
Somos tão diferentes, ainda que iguais,
Solitárias ilhas no mar da existência.
Apesar do adeus e da inútil saudade
Que qual lâmina fria contra a pele nua
Corta de repente, o relógio ainda bate
E nos faz lembrar: a vida continua.
O sol vai nascer, a cada manhã,
Apesar do vazio insubstituível,
P'ra secar a imensa ferida malsã
De uma dor que hoje é indescritível.
E que há de doer, iminente memória
Trazida do ontem por uma canção
Ou talvez por um sonho, pedaço da história
Daquilo que hoje é só recordação.
A dualidade está em tudo mesmo. Saber lidar com a dor é que faz a diferença, pois pensar que ela não vem é pura ilusão. Como você bem disse num dos versos: a vida continua. É mesmo isso.
ResponderExcluirAna,sempre uma poesia inspirada em seu blog!Ficou muito bonita!bjs e meu carinho,
ResponderExcluirUm texto talvez imarcescível, Anna. Quatro fragmentos (estrofes?) para fazer-nos meditar sobre a nossa passagem no mundo.
ResponderExcluir"Apesar de pequenas tragédias pessoais"
ResponderExcluir"Apesar do adeus e da inútil saudade"
"O sol vai nascer a cada manhã"
"E que há de doer, iminente memória".
"Que todos vivemos em nossa permanência"
“Que qual lâmina fria contra a pele nua"
"Apesar do vazio insubstituível"
"trazido do ontem por uma canção".
“Somos tão diferentes, ainda que iguais."
“Corta-nos de repente, o relógio que ainda bate"
"p'ra secar a imensa ferida malsã".
“Solitárias ilhas no mar da existência"
"faz-nos lembrar: a vida continua."
"De uma dor que hoje é indescritível"
“daquilo que hoje é só recordação.”
Fiz uma brincadeira trocando as frases.
A certeza de que haverá uma manhã,faz superar estes momentos que nos atordoam.
ResponderExcluirBela inspiração amiga.
Um abração.
Ficou lindo, minha amiga! - Abração
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