Hoje em dia, qualquer um que erga a cabeça acima do próprio mundinho e veja, com olhos críticos, o caminho que estamos seguindo - tirando óbvias conclusões sobre aonde ele vai dar - é chamado de fanático, pessimista e até mesmo, louco.
Muito se ouve sobre o fim do mundo. Há pessoas que exageram nas cores, com o mero intuito de causar pânico e sensacionalismo, mas há também aquelas que, baseadas em uma visão crítica, trabalho de pesquisa e até mesmo, uma previsão de futuro que tem suas raízes na lógica, e não no misticismo exacerbado, podem chegar a tristes quadros sobre a nossa jornada aqui neste planeta que tanto maltratamos.
O mais incrível de tudo isto, é que somos a todo momento expostos às notícias, que nos mostram catástrofes ecológicas, crises financeiras, guerras e violência ocorrendo logo ali, na calçada de nossa casa, e após nos indignarmos por alguns breves instantes, logo saímos para o trabalho e esquecemos o fato. Nós não nos lembramos de tirar alguns minutos de folga para recostar a cabeça no coração do planeta, e ver que ele está batendo mais fracamente...
Uma destas pessoas que tem visão crítica (que passa bem longe do fanatismo e do sensacionalismo) e que tenta alertar-nos sobre o que está por vir, é Denis Moreira, em sua obra "A Grande Transição da terra," livro lançado em abril deste ano, e portanto, contendo as mais atualizadas pesquisas científicas, sócio-culturais e religiosas. Com muita sabedoria e bom senso, Denis Moreira fala-nos não do fim do mundo, mas do fim dos mundinhos. O fim dessa mania pervertida que temos de enxergarmos apenas os próprios umbigos e de nos preocuparmos apenas com o que vem ao encontro de nossos interesses pessoais e bem-estar momentâneos, sem darmos a mínima para as outras criaturas e para o planeta em que vivemos - como se pudéssemos viver sem ele!
Citando autoridades mundiais em meio-ambiente, como o cientista James Lovelock e o ambientalista Tim Flannery, Denis Moreira nos conduz a repensar nossas atitudes, alertando-nos de que a Grande Transição não está para começar a qualquer momento, mas que já estamos passando por ela, e que o doloroso desfecho, que está mais próximo do que se pensa, e que será visto ainda em nosso tempo de vida, já é irreversível. A alternativa? Preparar-nos para ele.
Quando acontece uma infecção bacteriana, para livramo-nos dela, é preciso que tomemos fortes medicamentos para matar as bactérias e re-estabelecer o equilíbrio do organismo. E foi exatamente nisto que nos transformamos: perigosas bactérias planetárias, de poder altamente destrutivo. O que virá daqui por diante, será apenas uma cura para o planeta.
Não haverá um fim do mundo, e sim, o fim dos mundinhos e o extermínio de grande parte da população da terra. O que, em minha humilde opinião, será uma graça para o planeta.
Com toda certeza, daqui a pouco, todos os que riem de homens como Denis Moreira, Tim Flannery, Stephen Hawking e James Lovelock (que foi ridicularizado pelos seus colegas nos anos sessenta) estarão chorando lágrimas amargas!
Agora podem voltar aos seus mundinhos.
Ana,até anotei a dica de leitura!Adoro livros assim,que nos trazem novas maneiras de ver as coisas!Excelente seu texto!bjs e boa quinta!
ResponderExcluirMenina...Mesmo com a frase contundente que finaliza o texto, impecável como sempre,pela primeira vez acho que gostei de uma resenha!
ResponderExcluirBoa tarde Amiga
ResponderExcluirVim agradecer a sua linda visita e desejar todo do melhor para voce.
abraço amigo
Maria Alice
Não conheço a obra, mas sua resenha a apresenta como um livro que não se pode deixar de ler. Nossos mundinhos ocupam toda nossa mente e deixamos de observar o que acontece nos horizontes externos.
ResponderExcluirBjs.
Outro dia li sobre a questão da elevação da temperatura onde um cientista brasileiro critica esta afirmativa.Muitas previsões e muitas mentiras,mas todas nos levam a uma reflexão Ana.Mas os mundinhos estes devem ser repensados,para não banalizar a existencia.
ResponderExcluirBela cronica com indicação.
Gosto destes textos que chamam para a reflexão.
Meu terno abraço.