Seis e trinta e cinco da manhã, e acordei inspirada a escrever esta crônica, sobre este assunto; exatamente este, e não sobre qualquer outro assunto: queira o que é seu.
Eu vejo muitas pessoas que, após alcançarem um objetivo, se esquecem de tudo o que passaram a fim de obtê-lo, e jamais estão satisfeitas. Querem sempre mais, e não dão valor ao que já conquistaram. Acho bom que tenhamos sonhos, que tentemos melhorar sempre, que tenhamos metas e desejos. Afinal, se não fosse assim, a vida seria chata. Porém, é importante valorizarmos nossas conquistas, mesmo que elas representem para nós apenas um começo daquilo que realmente desejamos, mas a insatisfação permanente, a ingratidão, a mania de reclamar, e principalmente, a de se comparar sempre, são coisas doentias.
Tem gente que têm como objetivo de vida alcançar uma posição que, neste momento, está sendo ocupada por outra pessoa. Assim, de maneira falsa e sorrateira, tentam se aproximar desta pessoa, cercá-la, a fim de aprender mais sobre ela e o que ela faz, e é exatamente assim que a admiração vira inveja. E os métodos utilizados por tais pessoas a fim de alcançarem aquilo que, na cabeça delas, "lhes pertence," são sempre vis; tão vis, que nem elas mesmas admitem. É incrível o quanto a vida vai passando e desfilando uma porção de oportunidades na frente delas, mas elas não enxergam, pois estão de olho no que é dos outros!
Deveriam se envergonhar. Alguns podem ficar anos nesta situação, focando naquilo que não é seu e almejando posições que eles não têm perfil ou competência pra exercer. Lançam pensamentos negativos em direção à pessoa que desejam "substituir" e algumas usam recursos baixos, como difamação e até mesmo trabalhos espirituais encomendados, agindo sorrateiramente para derrubar o outro. Enquanto isso, a própria vida deles não sai do lugar, e eles nem percebem. Poderiam estar cuidando melhor do futuro, investindo em coisas que são realmente para eles segundo suas competências, mas só querem ocupar um lugar que não é e jamais será deles.
Tais pessoas - geralmente falsas, ambiciosas, oportunistas e sorrateiras - são aquelas que, após anos, olham para trás e percebem que não alcançaram nada na vida.
Nada.
Suas vidas são como a história de um abutre que ficou muito tempo voando em volta de um cavalo que pastava tranquilamente no campo, esperando que este morresse para que pudesse se alimentar da sua carne. Enquanto isso, não se alimentava direito daquilo que a natureza lhe oferecia, e tornou-se magro, esquelético e doente. Acabou morrendo bem antes do cavalo que desejava devorar.
Não sinto pena de gente assim. Sinto desprezo.
Que a vida lhes traga exatamente aquilo que eles merecem.
Bom dia, querida amiga Ana!
ResponderExcluirRealmente a inveja, a cobiça atravanca o progresso tanto emocional como material.
Lutar pelos objetivos e parar de denegrir a imagem alheia é sinal de boa saúde mental.
Um excelente texto que sua inspiração lhe concedeu.
Deus abençoe você e sua família!
Beijinhos
Ana, muito bem escrita e verdadeiras colocações. Há quem não se alegre ou contente em atingir algo que foi até sonhado. Sempre querem mais ,mais ,só para competir com os outros... Triste. São e serão insatisfeitas sempre! Gostei de ler! Ótima semana, bjs, chica
ResponderExcluirQue bom acordar Ana e ter uma inspiração para traduzir este tipo de gente, que não suporta ver o outro feliz e ou realizado. Gente de alma sebosa, que tem olhos de abutres, que quando não tem o que comer, mordem a própria carne.
ResponderExcluirGostei da reflexão em crônica do bem e do mau num mundo doente.
Abraços e feliz semana blindada.
Bom dia Ana,saudade de você!
ResponderExcluirPois é querida amiga, as pessoas têm idades espirituais diferentes, por isso que acredito em reencarnações, para quem sabe um dia se possa ver a harmonia espiritual resplandecer?!
Paz e agradecimento sempre nos eleva, abre caminhos, viver é isso, vamos indo, sentindo que nem tudo possa estar perdido!
Ótima reflexão como sempre, amei ler aqui!
Abraços apertados!
Ei Ana,
ResponderExcluirSua publicação me levou a um momento
assim que meu filho passou.
Ele é musico e integrava uma
Banda de renome em SP e em todo país.
O fundador e dono da banda fez de tudo no inicio
da carreira para conhecer um certo ídolo.
Foi para o exterior com essa finalidade e
voltou sem sucesso. Deu andamento
ao trabalho da Banda e sua vida.
Depois do bem sucedido trabalho
e do sucesso um dia, muitos anos depois
foi convidado pela fama de sua Banda a
abrir o Show exatamente daquele ídolo.
Meu filho era somente um dos componentes
e ao final ao entrar no Camarim deparou com
dono da Banda aos prantos, meu filho argumentou
sobre o motivo e ele ouviu que era porque agora que
o sonho dele se realizara, ele já não tinha mais
propósito na vida...
Meu filho conversou bastante com ele e a vida seguiu.
A Banda declinou, meu filho saiu e nunca mais
a Banda teve o sucesso que havia tido.
Sabe Ana, alcançar objetivos não é parar
de sonhar ou de viver bem.
A Vida segue em frente sempre.
Adorei ler.
Quanto a "fé cínica", eu me referia a uma prática
Teatral denominada "fé cênica", usei a fé cínica
para expressar a força da interpretação sem
sinceridade, sem verdade.
Nada tem a ver com a 'fé" que é a
certeza no que não se vê,
mas que acreditamos se possível.
Bjins de boa semana
CatiahoAlc.
Olá, prazer! Vim conhecer seu cantinho e já me deparo com uma crônica tão excelente para reflexão, adorei! Na verdade, estas pessoas fazem muito mal a elas mesmas. Virei mais vezes por aqui. Beijo, beijo!
ResponderExcluirAmbição desmedida gera inveja e malquerença.
ResponderExcluirContentarmo-nos com o que temos, que alcançámos
atingindo as nossas metas, é muito importante para
que a nossa vida possa seguir em paz
Bela Crónica, Ana Bailume
Beijinhos
OLinda
Olá, Ana, excelente crônica, bendita inspiração bem cedinho, na verdade a inspiração nasceu antes e não se acomodou.
ResponderExcluirA inveja, é um dos piores sentimentos, traz consigo uma avalanche de coisas ruins, a pessoa não quer imitar outra pessoa com ótimas qualidades, ela quer, na verdade, é que o outro se estrepe, que se dê mal. E aí vem tudo aquilo que você fala tão bem na sua crônica. Terrível gente assim, eu sinto o cheiro de longe e vou saindo. Infelizes, muito infelizes. Eu também não sinto pena...
Gostei muito de ler você, Ana, fique "acesa" nas madrugadas, rsss! Vem coisa boa a caminho...
Beijo.