Voam os telhados dos casebres
Deixando nus
os meninos adormecidos.
Caem as árvores enormes,
Em
desatino, gira a ventania,
Carrega consigo
o que estiver no caminho:
Os vasos de
barro arrumados sobre o muro,
As calhas e
as telhas,
As folhas
secas (e algumas verdes),
As roupas
indefesas que secavam no varal,
Tão
calmamente...
As sementes
que aguardavam serem plantadas,
As cortinas
das casas.
E a
natureza apenas faz o que é preciso,
Não julga,
nem tem ressentimento;
Leva com o vento
o que tem que ser levado.
De tudo o
que é velho, nos destitui
Para que ela possa
continuar.
Lindíssimo Ana, um olhar maravilhoso de poesia nos movimentos dos vento, que tudo levam sem nenhum sentimento. "Os meninos nus adormecidos" Que olhar magistral nas ações dos ventos.
ResponderExcluirAplausos Ana e que os ventos se acalmem e os vasos possam florir pelos muros ainda resistentes.
Abraços e feliz fim de semana.
Que o vento leve só o que está a mais. Porque às vezes faz estragos irremediáveis.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.