A gente engole a mágoa
Que temos da vida
Servida na xícara;
Paz conquistada.
Cabo de adaga
Rachado,
A lâmina corta a mão
Que com precisão,
A agarra.
A gente engole a mágoa,
A gente se afoga,
Agora é tarde, a hora é morta,
Nada pode consertar
A engenharia torta.
A vida estrangula,
Sufoca a garganta
Que tenta gritar
Enquanto cresce a angústia.
A gente escala as paredes,
Regurgitando o medo,
As unhas arranham, agarrando
Deixando marcas profundas
Rasgando os nossos segredos.
E a vida nos consagra,
E a gente vira gárgulas
Nas soleiras das nossas portas,
Espantando aquilo tudo
Que nos mata.
Muito bonito!
ResponderExcluirBeijinhos minha querida amiga Ana!
💝💛💝MegyMaia
Querida Ana, lindos versos poéticos que mostram as angústias das almas virando gárgulas e tomara espantando tudo o que nos mata!
ResponderExcluirTens um dom muito lindo de se inspirar e nos mostrar poemas assim, amei ler!
Abraços apertados!
Olá, querida amiga Ana!
ResponderExcluirDizem que chá é natural e faz bem...
Entretanto chá de tormentos é puro veneno.
Muito perfeita inspiração do que afeta a vida fluir livremente em nós.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos
Poema intenso, profundo, fascinante de ler
ResponderExcluir.
Cumprimentos poéticos
.
Pensamentos e devaneios poéticos
.
Ana,
ResponderExcluirSinceramente,
se eu ainda trabalhasse com
Elenco de Teatro como
Diretora, pensaria no seu
texto tanto para exercício/laboratório
quanto para uma cena.
Ficaria fantastico o trabalho.
Você escreve, eu leio e vejo
as palavras em ação.
Bravíssimo!
Bjiuns
CatiahoAlc.
A mágoa torna qualquer chá venenoso. E faz de qualquer poema um enorme desabafo sobre a angústia.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.