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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Maquiavel






Frases e pensamentos de Nicolau Maquiavel





"Há três espécies de cérebros: uns entendem por si próprios; os outros discernem o que os primeiros entendem; e os terceiros não entendem nem por si próprios nem pelos outros. Os primeiros são excelentíssimos; os segundos, excelentes; os terceiros, totalmente inúteis."



"...Pois o homem que queira professar o bem em toda parte, é natural que se arruíne entre tantos que não são bons."



"A primeira impressão que se tem de um governante e sua inteligência é dada pelos homens que o cercam."



"Creio que sejam desejáveis ambas as coisas, mas como é difícil reuni-las, é mais seguro ser temido do que amado."


Nicolau Maquiavel - França, 03/05/1469 - Florença, 21/06/1527 - foi historiador, poeta, diplomata e músico.  Desde as primeiras críticas, feitas postumamente pelo cardeal Reginald Pole, as opiniões, muitas vezes contraditórias, acumularam-se, de forma que o adjetivo 'maquiavélico', criado a partir do seu nome, significa esperteza, astúcia, aleivosia e maldade.  Os recentes estudos do autor e sua obra, admitem que seu pensamento foi mal-interpretado historicamente . Fonte: Wikipedia




A Ilha









Um barco ao mar, longínqua ilha 


Sob ondas calmas,maremotos... 


No horizonte, a densa bruma 


Leme quebrado, remos tortos... 



Nalgum lugar descansa a ilha 


Aonde dormem sonhos mortos... 


De tempestade em calmaria, 


Vão branqueando-se meus ossos. 



Lá longe, olhos no horizonte 


Pelos que estão a navegar 


Até que cheguem ao porto branco 


Olhos fechados...descansar... 








Participando do TAG à convite de Maria de Lourdes






TAG - Participação à Convite do blog Professora Maria Lourdes Duarte http://professoralourdesduarte.blogspot.com.br/


...que foi convidada pelo blog Ô Trocym Bão- http://www.riosul2012.com/


"Entrevista significa em linguagem jornalística: significa o encontro com alguma pessoa com a finalidade de interrogá-la sobre seus atos e idéias, onde o entrevistado é destaque."( Ô Trocyn Bão)

1) - Seu nome - Ana Bailune

2) Se você pudesse escolher outro nome, qual seria? - Gosto do meu... depois de casar-me, assino Ana Bailune, apenas. Só para encurtar.

3) Gosta de ler? Indique um livro - Amo ler! Indicar apenas um é difícil... mas fico com "Olhinhos de Gato" e todos da Cecília Meireles. Também adorei "Cidadela" de Saint Exupéry. 

4) Uma data importante - 16/09/1990 - meu casamento.

5) O que você prefere - celular ou computador? - Prefiro computador. Quase não saio, pois trabalho em casa, e apesar de ter um celular e um laptop, gosto mesmo é do computador grandão, o desktop.

6) Amo muito e não fico sem: Meu marido. Livros. Música. Bichos. Minha casa. Minha família.


7) Bate-bola
Nome verdadeiro - Ana Maria Moreira Bailune
Estado que mora - Rio de Janeiro

Como você se define - Sou uma pessoa simples, que gosta muito de cuidar da casa, deixar tudo sempre muito limpinho e cheiroso. Acho essencial ter cuidado com as minhas coisas, com o lugar onde vivo, pois precisamos valorizar as coisas que conquistamos... mas se eu tivesse que abrir mão de tudo, eu o faria, sem olhar para trás. Curto demais Enya, músicas suaves. Mas tenho meu lado Heavy Metal, Rock-é-rock-mesmo, que é muito forte também. Adoro escrever - uma das coisas que mais amo. A coisa mais essencial: conhecer a mim mesma, o máximo que eu puder, mesmo sabendo que é uma estrada longa e sem final.

Seu maior defeito - Não engolir sapos. Acho que passei tanto tempo da minha vida, no passado, engolindo sapos e tentando ser aprovada e aceita por todo mundo, que hoje, não consigo engolir nem mesmo um pequenininho. Mas tenho procurado melhorar. Pelo menos, já consigo respirar fundo e contar até... cinco.

Sua Maior Qualidade - Sou boa ouvinte, e boa conselheira. Tenho uma intuição muito forte para as coisas, e geralmente, quando algo me vem à cabeça, e eu sinto que preciso dizer aquilo à alguém, as coisas dão certo.

Um momento lindo da sua vida - Quando me casei; quando visitei Salvador, Natal, Florianópolis, Minas Gerais, as reuniões de família quando estavam todos aqui, a chegada dos meus dois cães... tem muitas coisas boas.

Um Momento trágico: Ah... minha vida tem sido salpicada de momentos trágicos, desde 2009... a morte de meu sogro; a doença e morte de meu sobrinho Ricardo, de câncer, aos 24 anos, seis meses após a morte de meu sogro; a morte de meu cão Aleph, três meses depois da morte de meu sobrinho; e a morte de minha mãe, agora, dia primeiro de janeiro - dois anos após a morte de meu sobrinho. Mas morrer faz parte da vida.

Um arrependimento - Não tenho nenhum. Sempre aprendo com os erros e olho para frente.

Amizade - o que significa para você - Um relacionamento de muito respeito, carinho e alegria um pelo outro. Amizade é partilha de bons e maus momentos. Amizade, é saber ficar sinceramente feliz com a alegria do outro.

Família - Difícil... dizem que os membros de uma família raramente se criam sob o mesmo teto. mas eu não concordo; acho que somos colocados juntos, com nossas deficiências e problemas, para aprendermos uns com os outros.

Um sonho: Conhecer a Itália e a Ilha de Man. Lançar mais livros.

Uma realização - Sempre conseguir erguer a cabeça após passar por um longo túnel estreito e escuro.

Deus - Está dentro. Não tenho religião, mas tenho uma fé enorme.

Em uma palavra, o que é importante em uma pessoa para você - caráter.



Agora é sua vez; o que você gostaria de me perguntar? Responderei nos comentários.


Gostaria de convidar para participar nesta entrevista:

http://www.blogger.com/profile/05982359752463418333 Lu Cavichioli

http://www.blogger.com/profile/18121976061371507922 - Marilene

http://www.blogger.com/profile/07122199362955405925 - Ivone

http://www.blogger.com/profile/07349485687165688631 Vera Lucia

http://www.blogger.com/profile/18024789355281721651 - Chica



quarta-feira, 10 de abril de 2013

Doce de Abóbora











Sábados à tarde. Fazia frio, e estávamos todos sentados no sofá da sala, sob os cobertores, assistindo ao seriado Os Waltons (nossa, já faz tempo...). De repente, aquela vontade de comer alguma coisa diferente. O pai ainda demoraria a chegar, trazendo o lanche da noite de sábado, então a mãe abria a geladeira - quase vazia- e olhava o que tinha: um pedaço de abóbora bem vermelha. 


No armário, açúcar e cravos. Era picar a abóbora e cozinhar até desmanchar. Acrescentava-se o açúcar e os cravinhos, e o cheiro penetrava em cada fresta da casa... tarde deliciosa, comendo o doce de abóbora em frente a TV.


Hoje em dia, acrescento ainda leite de coco e coco ralado, o que dá um gostinho todo especial. Deixo a abóbora secar bem na panela após acrescentar o açúcar, mexendo sempre. Demora... dependendo da qualidade da abóbora - se tem mais ou menos água - poderá levar mais de uma hora.


E enquanto mexo, o movimento circular da colher de pau me transporta, quase em transe, para aquelas antigas tardes de sábado. Além do barulhinho do doce no fogo, escuto os passarinhos cantando lá fora, e o relógio da cozinha tiquetaqueando.


Novamente, o cheiro do doce acha espaço pela casa, enquanto o frio me olha pela vidraça, com a boca cheia d'água.
























.






.

Invencionice




Ah, pra que tanto
Disse-me-disse?
Abaixo a invencionice!
Essa coisa pegajosa,
De carne esponjosa,
Pura canalhice!
Mentes inquietas,
Farejam retretas,
Apontam as flechas,
Atiram as pedras...

Chafurdam no lago
Formando ondas sujas,
Levantam a lama
Que dorme no fundo,
Depois se aborrecem
Se o monstro desperta!

Ah, me diga pra quê
Essa língua vermelha,
Tão grande e inchada
Que nem sequer cabe
Na boca fechada?
A vida é bem curta...
E logo, ela passa!
-Tenha mais ciência!
As invencionices
E as muitas sandices
É o que levarás
Como experiência!




Manuel Bandeira - Desencanto





Poema de Manuel Bandeira


Desencanto




Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias - amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nesses versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

-Eu faço versos como quem morre.


terça-feira, 9 de abril de 2013

Órfãos







Aos dez, vinte, trinta ou cinquenta,
Se os pais morrem, somos órfãos.
Ninguém por nós.
Nada de suco de laranja,
Se tivermos um pesadelo à noite.
Por mais velhos ou frágeis,
Os pais são ícones de proteção,
São uma imagem de força
Na vida de seus filhos.

E um dia, eles se vão,
Partem naquela rua, na contramão da vida,
Ficam fechados para sempre
Naquela caixa de madeira,
As mãos cruzadas sobre o peito,
Um terço entre os dedos.

E nós,
Ficamos órfãos.


Intensivos e Imersões






A moça perguntou-me, após os primeiros dias de aula:

-Eu quero saber qual o meu nível de inglês. Enfim, o que eu preciso melhorar!
-Eu já disse: você é nível intermediário, e estou totalmente focada nos pontos de gramática que você necessita melhorar, que são principalmente (repeti o que havia dito durante a avaliação). Também estou focando no vocabulário que você precisa para melhorar sua fluência. Já conversamos sobre isso na avaliação.

Ela não pareceu convencida. Na aula seguinte, veio com novidades:

-Veja! Inscrevi-me em um curso de imersão no final de semana!

E começou a desfiar todas as vantagens que um curso de imersão traria. O preço por um simples final de semana? Pelo menos, doze vezes o preço da minha mensalidade. Tentei não demonstrar meu ceticismo, e aguardei. Na aula seguinte, ela veio toda animada, mostrar-me uma linda pasta bege plastificada, com toda pompa e circunstância, decorada com um interessantes brasão dourado; dentro da pasta, em páginas timbradas, uma avaliação formal do seu nível de inglês, os pontos gramaticais que ela precisava melhorar e sua classificação: nível intermediário.

Peguei a minha humilde avaliação, e comparei com a que ela havia trazido: dizia exatamente a mesma coisa, apenas a apresentação não era tão luxuosa. Acho que, pensando no dinheiro que havia gasto, desconcertada, ela ainda desfiou-me as vantagens do curso: professores nativos (embora  uma delas fosse brasileira), um ambiente tranquilo e voltado ao ensino (exatamente como aqui em minha sala de aula), hospedagem confortável e... bem, não conseguiu pensar em mais nada.

Se você tem dinheiro - bastante dinheiro - para pagar por um curso de inglês de imersão, tempo disponível e um nível de inglês que varie entre intermediário e avançado, não deixe de fazê-lo! Mas um simples final de semana não lhe proporcionará vantagem alguma. 

Quanto aos cursos de inglês intensivo, pense bem: você não aprenderá em um ou dois meses o que poderia aprender em um ano. Não mesmo! Poderá ter uma base para começar um curso regular, mas ninguém - eu tenho certeza absoluta, pois já lecionei em cursos que oferecem esta modalidade - sai de um curso intensivo falando inglês fluentemente - muitas vezes, sequer sairá falando inglês. Mas se você já fala inglês, apenas anda um pouco 'enferrujado' e deseja praticar para uma viagem, obterá bons resultados.

Observo os alunos de nível básico que me chegam, sempre com muita sede ao pote: "Quantos horários disponíveis você tem?" Peço-lhes que se acalmem, tomem horários regulares - duas horas por semana - alguns acreditam em mim, enquanto outros, insistem em fazer duas ou três horas ao dia, mesmo após eu informar-lhes que isto não fará com que falem inglês fluentemente em um mês. Passados um ou dois meses, os mais apressados acabam desistindo, e perdem  o que conquistaram.

O ideal para que se aprenda inglês, segundo a minha própria experiência como ex-aluna e atualmente, como professora, é:

-Duas horas de aula por semana, no mínimo, e três horas, no máximo. Isto se você for aluno de nível elementar. Se for intermediário ou  avançado e quiser apenas 'desenferrujar', quanto mais horas, melhor.

-Sempre revisar, após a aula, todo o conteúdo que foi dado. Fazer as tarefas de casa, não deixando que elas se acumulem.

-Ouvir música, assistir a filmes com áudio e legendas em inglês, ler artigos, enfim, jamais perder a chance de praticar fora da sala de aula.

-Ir a todas as aulas, ser assíduo, principalmente enquanto estiver  assimilando as estruturas básicas da língua. Neste período, não desista do curso, custe o que custar; se, ao chegar ao nível intermediário, você desejar fazer uma pausa, tudo bem; mas não o faça durante o nível elementar, ou terá que recomeçar do zero.

-Segure a sua ansiedade! 'Recuperar o tempo perdido' tentando ocupar várias horas de aula por semana, mais as horas que já dedica ao trabalho e à família, não dará certo, e será um fator desmotivador, já que você não desistirá do emprego e da família para ter mais horas livres e poder descansar; desistirá do inglês!

-Se tem amigos estudando inglês, converse com eles e pratique. 

-Fuja das armadilhas dos cursos que prometem 'cursos rápidos de inglês para viagem', pois eles apenas o ensinarão frases básicas de conversação, mas como as respostas que obterá em conversações reais podem ser inúmeras, suas frases prontas não o ajudarão muito em contextos reais de conversação. Se pretende viajar com algum conhecimento da língua que possa lhe ser realmente útil, comece a estudar com, pelo menos, seis meses de antecedência. E seja assíduo e participativo. Cumpra todas as tarefas. Enfim, dedique-se!

-O trabalho de um professor não surtirá efeito se você não fizer o seu. Inventar desculpas para o dever de casa que não foi feito não significa enganar o professor, e sim, enganar a si mesmo.

Lembro-me de que quando eu fazia meu preparatório de inglês, trabalhava o dia todo, de segunda à sexta, e também aos sábados pela manhã; tinha a casa para cuidar e pilhas de tarefas caseiras de inglês para fazer toda semana. Eram páginas e mais páginas de provas simuladas e redações dificílimas, textos enormes a ler e interpretar e páginas e mais páginas de gramática no livro. Fazia tudo no domingo de manhã; acordava ás sete e ficava até meio-dia estudando e fazendo minhas tarefas. Portanto, quando a gente quer realmente obter um bom resultado, não existem desculpas.


segunda-feira, 8 de abril de 2013

Última Fileira




Daqui,
Da última fileira,
Junto á porta aberta,
Dá pra ver a rua,
A calçada,
O canteirinho de flores
Perto do banco da praça.

Daqui, assisto ao filme
Sem sentir falta de ar,
Sem ser atrapalhada
Ou atrapalhar.

Daqui,
Da última fileira,
Posso usar chapéu,
E até cartola, se quiser!

Masco minha goma,
Faço minha bola,
E até arrisco 
Um telefonema...

Não tem problema,
Se eu tiver que ficar
Sempre aqui,
De bobeira,
Na última fileira!


Chuva Fresca





Cheiro de terra molhada,
No talo vergado
A gota pesada.

Barulho de chuva,
A pobre saúva
Presa
Na correnteza.

A calha que escorre
Água dos telhados
Bueiros bem cheios...

Aroma tão fresco,
Aroma tão verde,
O cheiro da chuva
A alma desnuda...

A tarde lavada,
Na xícara, o chá
Vidraça fechada.

A Bela Adormecida - Adélia Prado





Adélia Prado - A Bela Adormecida


Estou alegre, e o motivo
Beira secretamente à humilhação
Porque aos 50 anos,
Não posso mais fazer curso de dança,
Escolher profissão,
Aprender a nadar como se deve.
No entanto, não sei se é por causa das águas,
Deste ar que desentoca do chão as formigas aladas,
Ou se é por causa dele que volta
E põe tudo arcaico, como a matéria da alma,
Se você vai ao pasto,
Se você olha o céu,
Aquelas frutinhas travosas,
Aquela estrelinha nova,
Sabe que nada mudou.
O pai está vivo, e tosse,
A mãe pragueja sem raiva na cozinha.
Assim que escurecer, vou namorar.
Que mundo ordenado e bom!
Namorar quem?
Minha alma nasceu desposada
Com um marido invisível.
Quando ele fala, roreja,
Quando ele vem, eu sei
Porque as hastes se inclinam.
Eu fico tão atenta que adormeço
A cada ano mais.
Sob juramento lhes digo:
Tenho 18 anos. Incompletos.






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