Paz é um sentimento que só estará do lado de fora, estando dentro.
Na noite passada eu não dormi. Nem por um segundo. Fiquei pensando no quanto uma pessoa tinha sido injusta comigo, mesmo eu tendo sido o melhor de mim para ela. Mas quase de manhã, vagando pela internet adormecida, encontrei um curto vídeo que me fez lembrar de algo simples e importante: A gente não tem controle sobre os atos alheios. As pessoas são o que são. Nem todo mundo vai gostar da gente. E nem é preciso que gostem!
O aprendizado está em largar aquilo que não podemos controlar - e não podemos controlar quase nada nessa vida, e aquilo que a gente pensa que controla, é apenas ilusão. De repente alguma coisa acontece e nos mostra que o controle não está, nem jamais esteve, em nossas mãos. No budismo eles ensinam a contemplar; deixar que os pensamentos cheguem e passem. Deixar que a vida traga e leve. E na madrugada, mudei o texto do meu bios no Instagram para: "Abra mão, mas jamais quebre os próprios dedos." E quantas vezes a gente quebra os dedos tentando segurar, tentando reter!
Enquanto eu limpava a casa, logo após terminar as aulas da parte da manhã, um pensamento me veio: "Que tal pessoa encontre a paz, porque está precisando. Preocupe-se com a sua vida, com a sua paz, seja você uma pessoa grata ao invés de tentar tirar das pessoas aquilo que elas não têm para dar. Você está bem; não permita que um acontecimento aleatório, perpetrado por alguém despreparado, abale tanto as suas estruturas."
E então eu senti uma paz enorme, e gratidão porque tenho uma casa para limpar, pratos para lavar, roupas para passar e guardar. E muito mais rapidamente do que eu pensava, terminei todas as tarefas que eu tinha.
Todo mundo tem o direito de ir embora, mas não é preciso sair batendo a porta. Mesmo assim, sempre haverá quem a bata, pensando que jamais precisará voltar.