Havia um anjo
De pés descalços
Que caminhava bem no meio
De um coração quebrado.
Dentro da noite,
Da mais negra noite,
Ele erguia nas mãos
Um pequeno archote.
Mas só ouvia seus passos
Quem calasse a própria dor,
Só encontrava
A luz dos seus braços
Quem não temia o amor.
E bem no meio
Do sol que queimava
Ao meio-dia
Havia o alívio
Da brisa das suas asas.
E todo dia, o anjo passa,
Como todo dia ele passava.
Mas só enxerga
Quem tem a fé de caminhar
De olhos fechados,
Quem acredita que amanhece,
Quem não se esquece
Que um dia, tudo passa,
E que toda escuridão
Se transforma em graça.
Lindo e que saibamos esperar que a escuridão se transforme em graça! Adorei! Bom te ver novamente ativa no blog! beijos, chica
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