witch lady

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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A Rosa do Sertão





A paisagem seria bonita, não fosse tão seca. O céu era de um azul profundo, límpido, total. O azul mais azul do mundo. Contrastava com o vermelho do chão coalhado de rachaduras, e o mato seco e morto que deixava tudo ainda mais desolado.
Mariinha, seis anos, morava com a família – mãe, pai, cinco irmãozinhos – em um casebre de dois cômodos, no meio do nada. Menina magrinha, de cabelos loiros tão ressecados quanto palha fina prestes a pegar fogo ao sol escaldante. Rosto sempre sujinho, pés descalços como seus cinco irmãozinhos. Tinha dois vestidos: um inteiro, de ir à missa na vila, e outro com a manga rasgada – ficara presa em um espinho de Mandacaru – que usava para ir à escola. Em casa, Mariinha andava quase nua, vestindo apenas uma calcinha feita pela mãe, de saco de estopa.
O pai trabalhava na horta... isto é, quando Deus mandava chuva. Naqueles últimos dois anos, Deus andava um tanto econômico com a água, e a plantação de feijão e mandioca, há muito, morrera. Só havia um poço de água cada vez mais barrenta, há alguns quilômetros da casa onde Mariinha vivia com sua família. Eles iam até lá três vezes por semana, cada um carregando uma vasilha para encher d’água. As vasilhas sempre chegavam com água pela metade, que as crianças deixavam entornar ou que o sol fazia evaporar.
Mariinha e seus irmãos iam à escola. Não iam todos os dias, pois às vezes, o sol estava tão escaldante, que ficavam com preguiça de andar pela estrada barrenta. Mesmo de manhãzinha, o calor já envolvia a todos com seus dedos quentes e pegajosos. Na escola, eles às vezes merendavam: um copo de café com leite fraquinho, um pedaço de pão, ou um prato de sopa.
Tia Marinalva – a professora – fazia o que podia. Tinha vindo da cidade grande para ensinar as crianças. Mariinha simplesmente a adorava! Queria ser professora, como ela.
Sonhava com o dia em que ela estaria de pé na frente da sala de aula, escrevendo no quadro com o giz. E todas as crianças prestariam atenção ao que ela dizia, e seus pais diriam, com orgulho, que tinham uma filha que era professora.
Na sala de aula, Tia Marinalva tinha uma roseirinha plantada em um vaso. Todos os dias, ela punha um cadinho d’água, um tiquinho de nada, o suficiente para que a mirrada roseira crescesse um pouquinho só. Ela mostrava às crianças, dizendo:
-Vejam, meus pequenos: a gente deve ter sempre fé na vida, e mesmo que a fé da gente seja um tiquinho, como esse golinho de água que eu uso para molhar a roseira todos os dias, um dia Deus ajuda, e a roseira da vida floresce. Não se esqueçam disso!
As crianças ouviam com atenção, os olhos esbugalhados de curiosidade e fome.
Mas um dia, Tia Marinalva foi transferida para uma outra escola, bem longe dali. Todos ficaram muito tristes, mas nada podiam fazer. Antes de ir embora, ela ergueu com a mão o rosto de Mariinha (sua preferida) e entregou-lhe o vasinho com a roseira, dizendo:
-Cuide dela para mim, pois quem sabe, um dia eu volto?...Que esta seja a nossa Roseira da Esperança.
Lágrimas sujas escorriam pelo rosto da menina.
E Mariinha levou a roseira para casa, carregando-a com dificuldades pelo caminho, sob o sol escaldante do meio-dia. As lágrimas deixavam a paisagem ainda mais baça.
A mãe e o pai conversavam no alpendre. Diziam que a seca não acabava nunca. Reclamavam, cismando sobre como alimentariam as crianças no dia seguinte, já que a comida – um pouco de farinha e melaço – só daria para mais aquele dia. O pai resolveu ir à cidade, ver se conseguia alguma coisa. Voltou ao cair da tarde, trazendo algumas batatas, que comeriam no dia seguinte.
Conseguir água estava ainda mais difícil, já que o poço mais próximo finalmente secara. Tinham que andar pelo menos quatro horas, ida e volta até o próximo vilarejo.
Um dia, a mãe viu quando Mariinha bebeu da metade de sua caneca d’água, jogando a outra metade no vaso da roseira. Imediatamente, a mãe ralhou com ela:
-Ô menina abestada, jogando água fora? Num sabe o trabaio que dá pra carregá? De hoje em diante, nada de jogar água na terra!
-Mas mãe, é a roseira que a tia Marinalva pediu pra cuidar! Ela disse que a roseira é para ter esperança...
-Que roseira que nada! A gente num pode cuidá nem da gente mesmo, ainda inventa de cuidá de roseira... eu proíbo de jogar uma gota que for nesse vaso! Esperança... que esperança que se tem nesse fim de mundo, minina?
Dizendo isso, a mãe pegou o vaso, jogando-o pela janela. A terra ressecada caiu no chão. Mariinha chorou durante muito tempo, mas à noite, quando todos dormiam, ela foi lá para fora e recolheu tudo no vasinho de novo. Só a lua viu.
Escondeu a roseira atrás do tanque seco, onde ninguém nunca ia. E todos os dias, ela ia lá, escondidinha, levar um pouquinho de água para a roseira.
Mas Deus decidiu que a roseira não precisava de cuidados, pois levou embora Mariinha. Os pais a enterraram em uma cova rasa, atrás do casebre. Não teve padre, nem missa; apenas o choro dos pais e dos irmãos, que amedrontados, olhavam fixamente, enquanto o rosto de Mariinha sumia sob as pás de terra.

Mas o tempo passou, e veio a chuva. E veio forte. Aos poucos, o solo rachado foi sendo consertado pelas correntezas de água. A paisagem voltou a ser verde, e o Mandacaru floriu. Certo dia, a mãe foi até o velho tanque lavar a pouca roupa, enquanto o pai replantava algumas sementes de feijão. Foi então que ela viu, com os olhos cheios d’água, uma mancha vermelha e perfumada, que brilhava ao sol. Era a roseira da esperança.

Existe


Existe uma vontade
Além da minha,
Que obriga-me a continuar
Movendo-me,
Apesar de tudo.

Existe uma alegria
Que me abarca,
E se insinua,
Através de minha tristeza,
Mostrando que vale a pena,
Lembrando-me que há beleza.

Existe um sentimento
De conforto
Nesse passado, há muito, morto,
Pois ele me trouxe aqui,
Até este momento
No qual eu me reinvento.

Existe uma asa de borboleta
Que passa, depressa
Sobre a crisálida seca.

Existe uma paz que me guarda
Onde eu caibo toda,
Embora arda.

Existe um amanhecer
E enquanto eu anoiteço,
Ele me aguarda.

sábado, 15 de setembro de 2012

Não é Nada!...



Essa nuvem nos olhos
Não é nada!...
Vem da chuva fininha,
Vem da tarde nublada...

Esperanças caíram
Na calçada.

Não é nada, esse medo
Que por hora me abraça!
Talvez seja, em segredo,
Uma dor que não passa...

Mas não há de ser nada,
Pois a noite se alonga,
E os fantasmas e as sombras
Amanhecem...

Depois, me esquecem.
Por isso,
Não é nada.

Eu e os Bichos







Tenho uma empatia muito grande com  quase todo tipo de bicho . 

Nesta época do ano, alguns pássaros vem fazer seus ninhos nas árvores do meu jardim. São rolinhas, sabiás, cambaxirras. Quando eu os vejo entrando e saindo das casinhas de passarinho, ou carregando galhinhos secos e restinhos de algodão de paineira nos bicos, eu já sei: vai começar tudo de novo!

Estas sabiás da foto foram minhas hóspedes há algum tempo. Assisti quando seus pais começaram a construir o ninho, e até achei estranho, já que o fizeram em um local realmente baixo, tão baixo, que pude fotografar o ninho várias vezes sem precisar sequer esticar o pescoço. Eu ajudava a tomar conta delas, quando os pais estavam fora, pois às vezes, elas caíam do ninho. Acompanhei todos os seus estágios, desde quando eram apenas ovinhos, e ao nascer, coisinhas cor-de-rosa muito feinhas, até o ponto que chegaram nesta foto. 


Um dia, acordei e encontrei o ninho vazio: elas se foram. Ainda as vi algumas vezes aqui pelo jardim, ensaiando vôos, e confesso que ao ver o ninho vazio, senti uma certa melancolia...

As mais difíceis de lidar, são as rolinhas. Elas sempre acabam expulsando algum filhote do ninho. Isso já aconteceu várias vezes. Uma vez, consegui colocar o filhote de volta, mas a mãe o expulsou novamente, e após ele cair no gramado, ela foi atrás dele, bicando-o. Peguei-o novamente. Como já era bem grandinho, achei que conseguiria criá-lo. Todos os dias pela manhã, eu o soltava no gramado, e ele ficava piando pela mãe, mas quando ela o avistava, caía de bicadas em cima dele. Acabou morrendo, acho que de tristeza.



As cambaxirras são as mais engraçadas: elas começam a encher todas as casinhas do jardim com gravetos e tudo o mais que encontram por aqui; depois, escolhem apenas uma delas e fazem seus ninhos. Elas não tem medo de nós, e também escolhem, geralmente, um local muito baixo aqui na varanda. Uma vez, um filhote fugiu do ninho, e quando tentei pegá-lo para devolvê-lo ao seu lugar, ele entrou pela porta da sala - imaginem, aquela coisinha mínima se escondendo dentro de casa! Vi quando ele entrou no meio das toras de madeira da lareira, e tive que retirar uma a uma cuidadosamente, até conseguir pegá-lo. Foi uma dificuldade...

Este ano, vi que as sabiás fizeram seu ninho no pé de tangerina. Desta vez, não será tão fácil fotografá-las. Mas terei que ficar de olho, já que o ninho está dentro do local do canil, e se um dos filhotes cair, a Latifa não vai perdoar...

Esta época é muito bonita, mas também um pouco triste, pois sempre encontramos alguns filhotinhos de pássaros mortos pelo jardim. Eles caem - ou são expulsos de seus ninhos durante a madrugada, e não temos tempo de chegar até eles antes das formigas. Mas a gente vai fazendo o que pode.


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Passear



Não costumamos passear durante o dia, pois Latifa, minha cadelinha, é um tanto agressiva com outros animais. Esperamos que a noite chegue, e passeamos (quase sempre, tranquilamente) pelas ruas vazias da vizinhança.

Mas hoje decidi levá-la a passear mais cedo, temendo que à noite chovesse, como ontem, e não pudéssemos ir. Notei que sua cabecinha se virava constantemente, olhando tudo o que não está acostumada a ver... a paisagem com uma outra cor, mais movimento, mais ruídos... às vezes, ela parava para observar um carro ou uma pessoa que passava.

E meus olhos, atentos a cada virar de esquina, para tentar evitar algum encontro bombástico com outros animais. Mas felizmente, somente vimos os passarinhos pousados nos fios dos postes e nas árvores. Tarde fria, nublada, tranquila...

Respirei profundamente o ar gelado, sentindo meus pulmões se encherem de vida. Latifa já está um pouco idosa, e andamos devagar. Posso apreciar a paisagem. 

Chegamos em casa, e ela, tomando uma grande quantidade de água,  deita-se nas lajotas da garagem para descansar do passeio. Percebo que ela me olha com alegria. E eu penso que a vida é tão curta... lembro-me do Aleph, meu outro cão, que já se foi . Lembro-me de quando os dois sentavam-se no gramado, de quando ele ainda era jovem, e ambos brincavam, fingindo rosnar um para o outro. Agora, ele já não está mais aqui.

Olho para minha cadelinha novamente. Deslizo a palma da mão na maciez do seu pelo, de uma maneira bem mais carinhosa.

Galhos de Ipê



Finos galhos de Ipê
Tramas de cama-de-gato
Seguram, nas pontas dos dedos,
Flores macias e frágeis

Que se desprendem e caem
Entregues ao seu destino
De murchar e  fenecer
Sobre uma verde ramagem.

Caem ao anoitecer,
Derrubadas pelo vento
Mas é lindo o seu morrer,
Manchas de cor ao relento.

Não Quero Conversa!



Eu hoje não quero papo. E por favor, vê se para de me fotografar, pois eu vou acabar cobrando pelos direitos autorais! Acordei mau-humorada, pois ontem à noite, eu senti o cheirinho de bife vindo da cozinha, e fiquei muito esperançosa de ganhar um delicioso filé; mas o meu jantar foi apenas aquela tal de ração para cachorro super sem-graça, só com o caldinho do bife! O que é que vocês pensam que eu sou?

E já estou cansada de que falem comigo como se eu fosse um bebezinho! Pela idade cronológica canina, eu já sou bem mias velha do que vocês, e exijo respeito! E meu nome não é Tatá, Lindinha, Bebê, Tifinha, Tifitita, 'Gotosinha,' Gorduchinha, Cosquenta, Fofinha ou essas outras dezenas de nomes que vocês me chamam: meu nome é Latifa! Entenderam bem? Senhora Latifa!

E tem mais: a partir de hoje, eu quero passear todos os dias, e não apenas quando vocês estiverem a fim! E se chover, eu não tô nem aí: quero ir do mesmo jeito! E vou lutar pelo meu direito de circular por dentro da casa a hora que eu bem entender. E por falar em casa, estou precisando de um cobertor novo. Já viram o meu, como está cheio de buracos?

Eu hoje quase mordi aquele moço de branco que veio aqui em casa; fiz a maior festa nele e no outro rapaz, e como foi que eles me pagaram? Colocando-me uma mordaça que eu mal podia respirar, e dando-me duas espetadas na pele! E ainda pior: tiraram meu sangue! Nunca mais eu falo com eles!

Se vocês não me tratarem melhor, eu juro que um dia desses eu arranjo outras acomodações e outros donos. 

Está feita a minha reclamação... por enquanto!



Preste Atenção...







Preste atenção...
Neste exato momento
Acontece um milagre
Perto de você!
Basta abrir os olhos
E querer ver...

Abra bem a mente,
E o coração...
Não há um jardim,
Ou uma pequena flor?
Uma árvore no caminho,
Ou um passarinho?

Quem sabe, um riacho,
Uma nesga de céu,
Um pouco de chuva,
Ou mesmo um trovão?
Apure os ouvidos,
Abra o coração!

Mas se mesmo assim
Você não achar
Nada que lhe valha
Chamar de milagre,
Olhe para o lado
E se estiver só,
Procure um espelho
E nele se mire:

Você é um milagre...

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O Fim






Todos especulam,
Teorias pululam
Voam como podem
Nos sites e blogs...

Falam de buracos
Negros como a morte,
Falam de estrelas
Amargas, no infinito,
Estrelas falantes
Tão embriagantes
Quanto  o absinto!

Preveem grandes ondas,
Aprazem-se tanto
De abalos sísmicos,
Cismando, cismando,
E o tempo, passando,
E o tempo, chegando...

Sonham com profetas,
Profetizam sonhos,
De um triste epílogo,
Um final medonho!

E alguns, em seus seios,
Aguardam, ansiosos,
A última trombeta
Que abalará
Os mais ociosos!

Será previsão,
Louca pretensão,
O fim, afinal,
Ou obsessão?

Enquanto for Preciso





Sempre que amanhece,
Apaga-se uma dor,
Mas um sonho fenece...

Cada vez mais longe
Do amanhecer:
Caminho do dia,
Que ao primeiro raio, principia
A morrer!

Enquanto for preciso,
Direi o que tenho a dizer.

Eu às vezes choro,
Noutras, eu gargalho...
Ora passarinho,
Ora espantalho...

Bem longe do ninho,
Bem perto do céu...
Entre o choro e o riso
Haverá um véu.

E enquanto for preciso,
Direi o que tenho a dizer.

O que mais, me digam,
Se há de fazer?...

A Ansiedade do Querer








Muitas pessoas perdem tudo por desejarem ansiosamente, indo 'com muita sede ao pote...' é como o homem que armou uma arapuca para pegar um pássaro, e quando o pássaro se aproximava, não pode conter sua ansiedade e saiu desembestado de trás da moita aonde se escondia, espantando o pássaro. 

Acho que precisamos aprender a controlar a nossa ansiedade, e a jamais depositarmos a nossa felicidade na realização de alguma coisa. Antes de obtermos o que queremos, precisamos estar felizes e tranquilos. Então, e só então, estaremos prontos para colher o que plantamos. Agora veio-me uma outra ideia que li em algum texto, não me lembro de quem: a menininha que, na ansiedade de ver brotar  a semente que tinha plantado, todos os dias tirava-a do vaso. Resultado: a planta não crescia nunca!

Eu acredito que o segredo está em:

1) Definir, com certeza, aquilo que se quer. Ninguém terá alguma coisa se, secretamente, luta contra ela! Muitos querem ter algum bem material, mas ao mesmo tempo, vivem afirmando que o dinheiro é coisa do diabo. Ora, então, como obter alguma coisa que depende dele?

2) Tendo definido aquilo que se quer, começar a 'mexer os pauzinhos.' Ou seja: correr atrás. Nada cai do céu, a não ser chuva, bomba, cocô de pombo e aeronave. 

3) Acreditar em um resultado positivo. Não subestimar-se, achando que não merece. Parece óbvio, mas tantas e tantas vezes, ouço pessoas dizendo que não são dignas disso ou daquilo. Por que não? Por que achar que a felicidade é produto de luxo, e que só algumas poucas pessoas a merecem?

4)  Se não estiver dando certo, mudar a estratégia; também vale analisar: "Estou prejudicando alguém? Alguém sofrerá, para que eu obtenha o que desejo?" Se a reposta for positiva, mesmo que você obtenha o que deseja, no fim, não será feliz.

5) Estou sendo sincero comigo mesmo, ou estou apenas seguindo aquilo que a maioria acredita? Muita gente pensa que só pode ser feliz se tiver alguém do lado, como uma muleta.  Que a resposta está no outro. Mas eu acho que primeiro, a gente precisa se amar e sentir-se feliz e agradecidos pela vida que temos; isso fará com que outras pessoas se aproximem, e quem sabe, o cara-metade não estará entre elas?... Mas conheço pessoas solteiras, independentes e felizes.

6) Lembrar-se sempre de agradecer. Com sinceridade. E frequentemente, se possível, várias vezes ao dia.

7) Não deixar que acontecimentos tristes contaminem todos os aspectos da vida. Posso estar muito triste, imensamente triste por algum motivo, e mesmo assim, encontrar prazer nas outras coisas, por exemplo, minha vida profissional pode não estar indo muito bem, mas a vida amorosa vai às mil maravilhas. Ou, de repente, não tenho o lugar que desejo para morar, mas tenho muitos amigos que sempre me alegram. Se formos esperar até que tudo esteja perfeito para que sejamos felizes, chegaremos à velhice como pessoas frustradas e vazias. Ninguém é feliz o tempo todo, em todos os aspectos. Aproveitemos as boas marés da vida, e aprendamos com as ruins.

8) Desligar-se do passado. Dele, que só possamos trazer conosco as boas lembranças, jamais as angústias e mágoas. E mesmo as boas lembranças devem ser deixadas de lado a maior parte do tempo.

9) Acreditar que aquilo que nos pertence, que é nosso, acabará vindo a nós, se fizermos um esforço. Se não veio ainda, é porque não estamos preparados.

10) E se não vier de jeito nenhum, conformar-se, acreditando que nem sempre sabemos, de verdade, o que é melhor para nós, e que não recebermos aquilo que desejamos pode ser uma bênção disfarçada!

Parceiros

Wyna, Daqui a Três Estrelas

Este é um post para divulgação do livro de Gabriele Sapio - Wyna, Daqui a Três Estrelas. Trata-se de uma história de ficção científica, cuj...