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domingo, 12 de maio de 2013

Nunca Fui Mãe






Nunca Fui Mãe


Nunca fui mãe,
Assim, mãe de ventre,
Mas não quer dizer
Que eu não seja
Uma mãe diferente.

Pois fui e sou
A mãe de gatos,
Joaninhas, colibris,
De muitos cães que já se foram
E de passarinhos,
Que caem dos seus ninhos,
E eu tento salvar...

Fui mãe dos sobrinhos,
Pois levei-os à escola,
Ao médico, ao balé,
Cantei para que dormissem,
Muitas vezes, aconselhei-os,
Alimentei-os,
Ouvi suas piores angústias, 
E mesmo quando eles me esquecem,
Não me esqueço jamais
De nenhum deles.

Fui mãe de alunos
Algumas vezes,
Quando traziam para mim
Seus sonhos despedaçados,
E eu os remendava
O melhor que podia...

Sou mãe de aluguel
Algumas vezes,
E talvez por isso,
Jamais sinta falta
De filhos de sangue,
Ou me lamente
Por não ser mãe biológica.

Pois sou uma mãe
Além da maternidade,
Bem além de qualquer ventre,
De qualquer lógica.

*


A todas as mães, lógicas, biológicas, emprestadas, alugadas, amadas, esquecidas, vivas e mortas, um dia feliz.

12 comentários:

  1. Oh! Ana, que postagem maravilhosa. Você é mais do que mãe biológica. Você é mãe-carinho.
    Um beijo de dia das mães pra você, amiga querida
    Manoel

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  2. Muito lindo te ler,Ana! Tu és mesmo uma mãezona"! beijos,chica

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  3. Ana... Demais esse seu poema. Que coisa mais linda de se ler. Maravilhosa inspiração. Vc é mãe sim . Uma linda e amorosa mãe.Bjss

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  4. Olá Ana
    Neste sentido também foi pai, várias vezes.
    Boa semana
    Bjux

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  5. Parabens Ana!
    Seu modo de enchergar essa situação é muito coerente e amorosa!

    Uma linda semana pra você!

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  6. Linda homenagem!!! Me senti inteiramente abraçada... obrigada.

    Beijos e flores.

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  7. Estou cá, com lágrimas... Emocionante...

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  8. Ana,
    Mãe é quem Ama...Acho que o deve fazer muito bem...

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  9. Bacana este poema. Pois existem tantas mães não biológicas neste mundo. Mães estas, que o fazem ser melhor e mais humano... Aplausos!

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  10. Eis a mais verdadeira das mães, por vocação e bondade, sem imposição, sem obrigatoriedade! Belo poena! Parabéns!

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  11. Oi, Ana! Seu poema é lindo! Me identifiquei muito! Também já fui mãe de tantos! hehe

    Só vou discordar do finalzinho, mas não é por falta de educação não, é por algo que, por capricho do destino, você mesma me disse, no dia 9 de novembro: "Um dia você poderá ser a avó que todo mundo sonharia ter!"

    Será que você se lembra disso?

    Pois é... depois desse dia, comecei a refletir sobre isso.
    E sua frase fez minha vida mudar! hehe

    Por um bom tempo, fiquei com isso em silêncio, mas há dois meses contei ao meu marido. E desde então estamos nos programando para sermos pais!

    Estou tomando a última cartela de anticoncepcional. E já estou sonhando com esse bebê no meu colo. :D


    Você teve um papel lindo na minha vida!
    E agradeço muito!

    Sei que talvez demore, pois Deus é o único que sabe da hora em que as coisas devem acontecer. Mas, o dia que eu engravidar, você será uma das primeiras a saber!
    Bjssssssssssssss

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  12. Ana, esse amor oferecido a sobrinhos é similar ao materno. Vejo os meus como se fossem filhos. Bjs.

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